Um pesquisador do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da Universidade de São Paulo (USP), em São Carlos, criou um robô programado para fazer perguntas simples sobre os sintomas do novo coronavírus (Sars-Cov-2) e realizar uma espécie de triagem, por meio do WhatsApp. O aparato tecnológico foi batizado como “CheckCorona” e pretende auxiliar no combate à pandemia da COVID-19. O objetivo é evitar que as pessoas saiam de casa para ir a hospitais sem necessidade.
O
CheckCorona foi uma das 71 ideias selecionadas no Desafio COVID-19, uma iniciativa do
Ministério Público de Pernambuco e da
Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE), realizada em março deste ano.
Para acessar o aplicativo, basta adicionar o número %2b55 16 981128986 no WhatsApp, escrever o nome do projeto (CheckCorona) e enviar a mensagem. Automaticamente, o robô criado pelo pesquisador Murilo Gazzola responde à solicitação feita pelo usuário e envia instruções para ajudá-lo a identificar quais medidas devem ser tomadas.
“Desde o lançamento, em 29 de fevereiro, o robô passou por diversas atualizações e aprimoramentos no uso da inteligência artificial e no processamento da língua natural, que possibilitam tratar grandes volumes de dados em tempo real”, afirmou Gazzola.
O sistema que está disponível gratuitamente na internet tem como objetivo a identificação e conexão entre quem busca medidas, produtos ou serviços a quem os oferece. A ideia da ação é acelerar a conexão e a viabilização de possíveis aquisições, compras e distribuição de produtos e serviços feitos por governos, organizações do sistema da Organização das Nações Unidas (ONU), instituições privadas, empresas investidoras e profissionais.
A solução também foi uma das selecionadas pelo Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (UNOPS) e pela iniciativa Dia Mundial da Criatividade para participar do Mapa da Reação, plataforma on-line que agrega projetos inovadores como resposta ao combate à pandemia.
Segundo Gazzola, o CheckCorona foi criado seguindo as normas internacionais do Centro Europeu de Prevenção e Controle das Doenças (ECDC) para auxiliar as pessoas a tomarem melhores decisões, tranquilizando, assim, os pacientes que não estão com sintomas claros da COVID-19. Para ele, a “ferramenta orienta as pessoas a realizarem os próximos passos, caso necessário, como se isolar e buscar tratamento e testes laboratoriais”.
*Estagiário sob supervisão da editora Liliane Corrêa
O que é o coronavírus?
Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
Como a COVID-19 é transmitida?
A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.
Como se prevenir?
A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
Em casos graves, as vítimas apresentam:
Mitos e verdades sobre o vírus
Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o coronavírus é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.
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