O deputado estadual fluminense Gil Vianna (PSL-RJ), aliado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e que morreu com a COVID-19 na noite dessa terça-feira, foi tratado com cloroquina. O medicamento, que teve protocolo de uso liberado em amplo aspecto nesta quarta-feira pelo Ministério da Saúde, é administrado, junto a outras medicações, no hospital em que o parlamentar estava internado, em Campos dos Goytacazes, no Rio.
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Ministério da Saúde libera protocolo para uso de cloroquina em casos leves de COVID-19Hidroxicloroquina ou cloroquina até agora não se mostraram eficazes, diz OMSRecomendação da Saúde sobre uso da cloroquina tende a ser usada contra médicosCloroquina: o protocolo que politizou o combate ao coronavírusNesta quarta-feira, o Sistema Único de Saúde (SUS) recebeu sinal verde para o protocolo de uso da cloroquina também para casos leves da doença. A pauta era prioridade na visão do presidente Jair Bolsonaro desde o início da pandemia no Brasil e foi um dos motivos que causaram as demissões dos médicos Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich do Ministério da Saúde. Hoje o general Eduardo Pazuello comanda a pasta interinamente.
No dia da morte de Gil Vianna e de outros mais de mil brasileiros, nessa terça-feira, Jair Bolsonaro fez piada sobre o uso do medicamento. Em entrevista por rede social, aos risos, o presidente falou que ‘quem é de direita, toma cloroquina; quem é de esquerda, toma Tubaína’. Criticado, Bolsonaro lamentou a perda de tantas vidas já nesta quarta.
Internação
Natural de Campos dos Goytacazes, no Norte do estado, Vianna estava internado desde a semana passada, quando foi diagnosticado com o novo coronavírus. O deputado fluminense fez o exame ainda no Rio e foi internado em um hospital particular em sua cidade natal, onde havia cumprido mandato como vereador e era pré-candidato à prefeitura municipal. A Alerj decretou luto e suspensão das atividades parlamentares por três dias.