O site Vakinha.com.br encerrou a campanha 300 do Brasil, que pretendia arrecadar dinheiro para manter militantes bolsonaristas acampados em Brasília. O site especializado em ‘vaquinhas’ se manifestou por meio do Twitter e justificou que a medida foi adotada por recomendação de seu departamento jurídico.
A meta da campanha era arrecadar R$30 mil. Até a retirada do ar, há haviam sido levantados pouco mais de R$2,5 mil.
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MP: bolsonaristas acampados na Esplanada são milícia armada Ameaças e xingamentos de bolsonaristas fazem Globo e Folha deixarem cobertura no AlvoradaBolsonaristas falam em invadir STF e Congresso com apoio de militaresO Ministério Público do Distrito Federal classificou o acampamento como “milícia armada” e “organização paramilitar”, e ajuizou uma ação para que o acampamento fosse desfeito, mas a Justiça negou o pedido.
Nesta quarta-feira, a residência de Sara foi alvo de busca e apreensão pela Polícia Federal. A diligência tem relação com as investigações sobre um esquema criminoso de disseminação de informações falsas (fake news).
A PF apreendeu tablet, notebook e celular de Sara, que posteriormente ameaçou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, relator do caso.
A PF apreendeu tablet, notebook e celular de Sara, que posteriormente ameaçou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, relator do caso.
“Pena que ele mora em São Paulo. Porque se ele morasse aqui eu já estava na frente da casa dele convidando para trocar soco comigo. Juro por Deus. Essa é a minha vontade. Queria trocar soco com esse filho da puta, esse arrombado. Infelizmente, não posso. Ele mora lá em SP, não é? Pois você me aguarde, sr. Alexandre de Moraes. Nunca mais vai ter paz na sua vida. A gente vai infernizar sua vida, vamos descobrir os lugares que o senhor frequenta, a gente vai descobrir quem são as empregadas domésticas que trabalham para o senhor... A gente vai descobrir tudo da sua vida até o senhor pedir para sair. Hoje o sr. tomou a pior decisão da sua vida”, afirmou Sara pelas redes sociais.
Veja abaixo a íntegra das explicações do site Vakinha para o cancelamento da arrecadação
"Nesses nossos mais de 12 anos de história: - Nos tornamos a maior plataforma de vaquinhas do Brasil - Temos dezenas de milhares de vaquinhas abertas para os mais variados fins - São milhares de novas vaquinhas criadas todos os dias.
Esses números nos trazem uma enorme responsabilidade perante a sociedade e nossos usuários. Não podemos tomar decisões sem embasamento jurídico. Temos um processo que estamos seguindo.
Dada a polêmica da vaquinha, enviamos ao nosso jurídico assim que recebemos as primeiras denúncias. A primeira recomendação foi mantê-la no ar, por não infringir nossos termos naquele momento. O cenário mudou. Nosso jurídico recebeu novas informações e está analisando o caso.
O caso é complexo. O próprio MPDFT e a Justiça analisaram o tema com cuidado. Nosso jurídico está atento a isso e acompanhando os desdobramentos. Sempre colaboramos com as autoridades e seguimos suas orientações.
Levamos todas as denúncias que recebemos muito a sério. Foram muitas. Estamos pedindo que o jurídico nos dê novo parecer o mais rápido possível, com base nos novos acontecimentos.
Novamente, o caso é complexo, e não agiremos sem embasamento ou só pela nossa vontade. Uma vaquinha estar no ar não significa que tem nosso apoio ou endosso.
O Vakinha é uma plataforma plural, e por ser a maior do Brasil também reflete as diferenças e comportamentos da sociedade. Isso nos enche de orgulho, mas nos traz grandes desafios, que tomamos com muita responsabilidade.
É com a ajuda e participação dos nossos usuários que construímos a nossa história. Sabemos que muitos aqui já doaram ou criaram uma vaquinha. É por toda essa história juntos que atuaremos mais uma vez com toda a responsabilidade exigida também nesse caso."