Jornal Estado de Minas

INVESTIGAÇÃO AVANÇA

Mãe acusada de matar o próprio filho no RS estava tranquila em depoimentos

Polícia avança nas investigações e dá detalhes sobre o comportamento de Alexandra Dougokenski (foto: Divulgação/Polícia Civil do Estado do Rio Grande do Sul)

 

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul deu novos detalhes sobre o caso do menino Rafael Mateus Winques, de 11 anos, encontrado morto na cidade de Planalto, no interior do estado. Segundo a instituição, a mãe da criança, Alexandra Dougokenski, que está presa de maneira temporária, demonstrou muita tranquilidade durante os depoimentos prestados ao decorrer da investigação.



 

Alexandra é a principal suspeita de ter matado Rafael. Ela confessou o crime na segunda-feira (25), afirmando que tirou a vida da criança acidentalmente.

 

A mulher prestou novo depoimento à polícia nesta quarta (27). De acordo com a GauchaZH, a suspeita manteve a versão de que matou a criança por superdosagem do medicamento Diazepam, um calmante.

 

Investigações iniciais da polícia, contudo, apontam que o garoto morreu por asfixia.

 

"Brigaram porque ele não largava o celular e não queria dormir. Quando (Alexandra) percebeu que (Rafael) estava morto, na madrugada, enrolou o corpo do menino num lençol e o arrastou até a garagem da casa vizinha", conta o delegado Joerberth Pinto Nunes, diretor do Departamento de Polícia do Interior.



 

 

 

De acordo com a polícia, Alexandra tem comportamento parecido com o de Graciele Ugulini, presa desde 2014 pela morte do menino Bernardo Uglione Boldrini, em Frederico Westphalen, também no Rio Grande do Sul.

 

"Também nos chamou atenção que ao longo dos 10 depoimentos prestados, Alexandra que, inicialmente, havia informado não ter visto o filho sair de casa, insistiu em relatar as roupas que o menino vestia ao deixar a residência", conta o delegado Joerberth.

 

Outro comportamento também colocou Alexandra na mira da polícia. Logo após o sumiço do filho, a mãe procurou o Conselho Tutelar, e não as polícias Civil ou Militar, como é de costume para relatar desaparecimentos. "O fato só chegou à delegacia às 11h da manhã seguinte ao sumiço da criança", relembra o delegado.

 

A polícia apura, além das causas da morte, se houve participação de outra pessoa no crime. Há dois suspeitos de terem contribuído para o crime. Alexandra vivia com o outro filho, de 16, e um namorado na cidade de Planalto.