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Estado de Minas MEIO AMBIENTE

MPF acusa 2,2 mil pessoas por desmatamento ilegal de 321 mil hectares na Amazônia

Ministério Público Federal ajuizou 1.023 ações civis públicas contra 2.262 pessoas


postado em 01/06/2020 17:36 / atualizado em 01/06/2020 20:02

Número foi levantado pelo Ministério Público Federal (MPF), que há três anos montou uma força-tarefa para organizar ações contra suspeitos pela degradação da floresta amazônica(foto: Arquivo/Agência Brasil)
Número foi levantado pelo Ministério Público Federal (MPF), que há três anos montou uma força-tarefa para organizar ações contra suspeitos pela degradação da floresta amazônica (foto: Arquivo/Agência Brasil)
Entre 2017 e 2019, mais de 321 mil hectares de floresta foram desmatados ilegalmente na Amazônia. O número foi levantado pelo Ministério Público Federal (MPF), que há três anos montou uma força-tarefa para organizar ações contra suspeitos pela degradação da floresta.

Só no mês de maio, o MPF ajuizou 1.023 ações civis públicas contra 2.262 pessoas. Ao todo, as ações cobram mais de R$ 3,7 bilhões de indenização pelos danos causados, além da reparação das áreas devastadas.

O terceiro ano do Projeto Amazônia Protege, que conta com a participação de 25 procuradores da República, mapeou áreas de 60 hectares ou mais desmatadas entre agosto de 2017 e dezembro de 2019. O levantamento apontou que 64 delas estão dentro de Unidades de Conservação (UCs) federais e 41 dentro de Terras Indígenas (Tis).

Os laudos, produzidos a partir da análise de imagens de satélite e do cruzamento das informações com bancos de dados públicos, identificaram ações ilegais em sete estados: Acre, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia e Roraima.

O mais afetado no período foi o Mato Grosso, com 95,4 mil hectares de área desmatada. Até agora, o MPF ajuizou 242 ações no estado, mas o órgão informou que outras ações podem ser propostas em breve.

No Pará, o corte raso da vegetação nativa atingiu 87,9 mil hectares que são alvo, até o momento, de 310 ações judiciais. Em seguida, vem o Amazonas, onde foram desmatados cerca de 81 mil hectares e propostas 215 ações.

Somando as ações ajuizadas este ano àquelas propostas nas duas primeiras fases do projeto, são mais de 3,5 mil processos contra o desmatamento ilegal na Amazônia.

Para o coordenador da Câmara de Meio Ambiente do MPF, Nívio de Freitas, ao promover a responsabilização civil dos infratores, o projeto contribui para 'reduzir a sensação de impunidade em relação a práticas que atentam contra o meio ambiente'. "O MPF permanecerá vigilante e firme em relação ao compromisso constitucional de zelar pela preservação do meio ambiente para a presente e futuras gerações", frisou o subprocurador-geral da República.

Nas ações, o MPF pede indenizações relativas aos danos materiais e morais difusos derivados da remoção da cobertura vegetal e a recomposição da área degradada. Requer, ainda, a reversão dos valores da condenação para Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), para fortalecer a fiscalização; e autorização judicial para apreensão, retirada ou destruição, pelos órgãos de fiscalização competentes, de bens móveis ou imóveis presentes na área que estejam impedindo a regeneração da floresta.


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