A diretora médica do laboratório Pfizer, Márjori Dulcine, disse que a empresa estima fabricar milhões de doses da vacina contra a COVID-19 já a partir de outubro deste ano. Entretanto, segundo ela, a produção em larga escala só deve ocorrer em 2021.
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Mas mesmo que a vacina contra a COVID-19 esteja disponível, ainda é necessário que tratamentos para a doença continuem a ser desenvolvidos. Isto porque, nenhuma vacina tem 100% de eficácia, segundo a diretora da Pfizer.
“É preciso ter tratamentos eficazes, porque a vacina não é 100% de garantia. Nenhuma vacina vai ser. Não existe. Há pessoas que não vão conseguir imunidade a partir da vacina. Então é importante que os tratamentos continuem sendo desenvolvidos. Os antivirais, os medicamentos que vão agir em fase ainda muito precoce, quando a pessoa teve os primeiros contatos com o vírus e começa a ter uma febre, por exemplo. Antes de ir para o hospital, quando entra no hospital. São fases diferentes da doença que precisam ter tratamento”, explicou Márjori Dulcine.
Ação conjunta
O laboratório americano Pfizer trabalha em conjunto com a empresa alemã BioNTech na elaboração da vacina contra o coronavírus, chamada de BNT162.
Ainda segundo Márjori Dulcine, a pesquisa está em fase avançada e já estão sendo realizados testes experimentais em pequenos grupos de humanos.
“Esse estudo tem o objetivo de determinar a segurança e imunogenicidade, o que significa a capacidade do organismo de reagir à vacina e produzir anticorpos. E também a dose ideal”, declarou.