Jornal Estado de Minas

FLAGRADA POR CLIENTES

Mulher tira máscara, cospe nas mãos e esfrega em objetos de livraria


Um misto de revolta e medo. Esses foram os sentimentos de duas brasilienses ao presenciar um fato grave ocorrido dentro de uma livraria em um shopping de Brasília, no Distrito Federal, nessa quinta-feira (4/6). Elas denunciam ter visto uma mulher tirar a máscara de proteção, cuspir na mão e esfregar em vários itens da loja.





Ao perceber o que a desconhecida fazia, elas avisaram aos funcionários da livraria e também aos trabalhadores do shopping. Mãe e filha conversaram com o Correio sob a condição de ter os nomes preservados. "Acho que a gente deve ser rigoroso (nos cuidados pessoais), mas também ser fiscal da saúde", resume a Maria*.

Ela conta que esteve com a mãe no centro comercial assim que as lojas abriram. Foram direto para a livraria, localizada próximo à praça de alimentação. "Havia poucas pessoas dentro da loja. Foi quando vimos uma senhora com máscara de proteção facial colocada abaixo do nariz. Na primeira vez, ela tossiu na mão e passou sobre as canetas do mostruário. Na sequência, caminhou até a área de pesquisa de livros, abaixou a máscara mais uma vez, passou a mão no rosto e, tenho a certeza de que, cuspiu e depois passou sobre os livros", relata.

Ainda segundo Maria, a desconhecida teria feito também o mesmo no teclado do computador da livraria. Elas ficaram com medo de gravar a conduta da cliente da livraria e sofrer retaliações. Mas avisaram imediatamente aos funcionários da loja, que providenciaram a limpeza dos itens. "É muito importante o shopping pegar as imagens e ver por onde ela passou e se fez o mesmo. Dentro da livraria, conseguimos evitar que eles (funcionários) e outros clientes, tocassem nos objetos sujos", diz.





Assim que deixaram o shopping, mãe e filha gravaram um vídeo fazendo o alerta sobre a situação que presenciaram.

Maria ressalta que não sabe se a mulher estava infectada pela COVID-19. E tenta entender o que se se passa na cabeça de alguém para fazer isso. "A gente não sabe o que passa no coração das pessoas, se ela está de fato doente, se é uma pessoa que precisa de ajuda ou se fez por maldade. Precisamos tomar cuidado", alerta Maria.

Identificação

Por meio da assessoria de imprensa, o Conjunto Nacional afirmou que trabalha para identificar a idosa e destacou que a equipe de segurança do centro está atenta e preparada para caso o fato venha a se repetir.

"O shopping reforça ainda que adota uma série de medidas de sanitização com higienização a cada três horas de áreas muito tocadas e uma desinfecção profunda diária de todo o equipamento, além de orientar que o mesmo seja feito por seus lojistas. O Conjunto reitera também que promove uma campanha de conscientização do público para garantir que todas as normas sejam respeitadas pelos consumidores".





A reportagem procurou a livraria, mas, até a publicação desta reportagem, ainda não obteve retorno. Também questionou o DF Legal sobre o ocorrido e o que os clientes podem fazer caso presenciem situação semelhante.

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