O ato antifascista e em defesa da democracia realizado neste domingo, na Esplanada dos Ministérios, terminou de forma pacífica. Apesar do policiamento reforçado e uma preocupação com possíveis confrontos entre apoiadores e críticos do presidente Jair Messias Bolsonaro (sem partido), não foram registradas grandes intercorrências.
Bolsonaro chegou a sugerir o uso da Força Nacional, mas o governador Ibaneis Rocha (MDB) afirmou que que as forças policiais locais seriam suficientes. De acordo com a Divisão de Comunicação da Polícia Civil (Divicom), apenas uma pessoa, de 23 anos, foi levada à 5ª Delegacia de Polícia (Asa Norte) por ter sido flagrado pichando a Biblioteca Nacional. Ele assinou um termo de comparecimento em juízo e foi liberado.
O esquema de segurança montou um cordão de policiais militares entre as vias da Esplanada dos Ministérios, que foram fechadas para o tráfego de veículos e acabaram sendo tomadas por manifestantes dos dois lados.
Em uma pista, milhares de protestantes contra o governo gritavam palavras de ordem pela democracia, pela vida da população negra e em defesa do Sistema Único de Saúde (SUS). Do outro lado, dezenas de pessoas entoavam palavras de apoio a Bolsonaro e críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao comunismo, em um trio elétrico.
As manifestações geraram aglomerações em meio à pandemia do novo coronavírus, mas protestantes argumentavam que os problemas sociais do país precisam ser combatidos com o grito das ruas.