Manifestantes que estavam em um ato de apoio ao presidente Jair Messias Bolsonaro (sem partido) agrediram duas jovens e atacaram um carro com duas crianças na noite do último sábado. O ataque aconteceu enquanto elas passavam pela Praça dos Três Poderes. Nesta segunda, uma ocorrência será homologada e elas vão passar por exames de corpo de delito.
A jovem conta que a amiga também sofreu agressões, enquanto o carro foi alvo de chutes e tapas. “Por pessoas que dizem defender a família, mas atacaram a minha”, desabafou Kimberlly. As vítimas procuraram auxílio da Polícia Militar no local, mas contam que foram orientadas a sair do local e desencorajadas a prestar queixa.
“As agressões foram gratuitas. Um homem que estava no protesto viu que eu estava de cara fechada, me encarou de fora do carro e quis tirar satisfação, só falei que aquilo era ridículo e ele começou a me chamar de put*, vagabunda, comunista, demônio”, conta Kimberlly Oliveira, de 24 anos.
A estudante diz que a violência verbal se transformou em física com ajuda de outros manifestantes. “Minha amiga e eu ouvimos algo bater no carro, que tinha duas crianças, de 3 e 10 anos, então saímos para nos defender. Lá fora, um homem de boné me deu um soco tão forte que meu celular caiu no chão”, lamenta.
A PM informou em nota que “foi acionada por uma mulher que disse ter sido agredida por manifestantes”, mas que “os militares conversaram com ela com o intuito de identificar os possíveis agressores” e ela não soube apontar quem seriam os responsáveis. “Apesar da insistência dos policiais para que ela registrasse a ocorrência, ela se negou a fazê-lo”, finalizou a corporação.