Será sepultado nesta segunda-feira, no Rio de Janeiro, o corpo do fotógrafo Pedro Oswaldo Cruz, de 79 anos, que morreu no sábado vítima de coronavírus. Ele era neto do famoso médico sanitarista Oswaldo Cruz, que fundou o Instituto Soroterápico Federal em 1900, transformado posteriormente em Fundação Oswaldo Cruz.
O fotógrafo havia sido internado no Hospital Silvestre, no Rio, em 14 de maio com sintomas do coronavírus. Foi intubado, mas acabou não resistindo à doença. Atista. A mulher de Pedro, Christina Mangia, de 74, também contraiu a doença e ficou internada, mas se recuperou.
Em sua carreira como fotógrafo, Pedro teve como maior destaque o registro do patrimônio histórico do Rio. A morte dele foi lamentada pelo Museu Nacional de Belas Artes. "Pedro Oswaldo Cruz deixou um grande legado para as novas gerações. Neste momento de dor e perda nos solidarizamos com a sua família", informou, em nota, a direção.
A morte do fotógrafo ocorre no ano em que a fundação criada pelo seu avô estava comemorando 120 anos. Respeitada em todo o mundo, a entidade teve atuação fundamental no combate às epidemias de doenças como a varíola e a febre amarela no Brasil, além de ter papel central nas pesquisas e no enfrentamento à pandemia da COVID-19.