O Brasil ultrapassou a marca de 700 mil infectados pelo coronavírus desde 26 de fevereiro, quando foi registrado o primeiro caso em São Paulo. De acordo com o boletim do Ministério da Saúde, o país somou 15.654 novas contaminações e teve 679 mortes nesta segunda-feira. O número de novos curados é 6.088, elevando o total para 308.172 pacientes - o que corresponde a uma taxa de 43,5% dos casos.
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Durante entrevista realizada nesta tarde, o secretário-executivo da Saúde, Elcio Franco, informou que os números sobre o coronavírus voltarão a ser divulgados por volta das 18h. Anteriormente, a pasta vinha divulgando o balanço às 22h por determinação do presidente Jair Bolsonaro, que havia ironizado que a TV Globo não poderia mais divulgar as estatísticas no Jornal Nacional.
Ele chegou a indicar que o ministério passaria relatar apenas mortes que ocorreram nas últimas 24 horas. O total de casos vem sendo omitido. Mas, pelo menos nesta segunda-feira, a pasta manteve a metodologia de somar registros de mortes em 24 horas às dos dias anteriores.
A redução de mortes diárias na segunda-feira (assim como aos sábados e domingos) em relação aos demais dias da semana é visto como algo normal. Os óbitos desta segunda-feira não chegam de perto aos mais de 1 mil registrados em vários dias da semana passada. O governo alegou que a diferença ocorre porque alguns sistemas de coletas de dados de estados e municípios não são atualizados nos finais de semana para serem totalizados.
Dados contraditórios
O Ministério da Saúde havia apresentado dados contraditórios no boletim divulgado no domingo à noite. O comunicado enviado à imprensa apresentou dados diferentes daqueles mostrados no site da pasta.
A partir desta terça-feira, os brasileiros terão uma nova plataforma criada pelo Ministério da Saúde para consolidação dos dados da doença no país. Além dos números tradicionais, a expectativa é que outros aspectos sejam incluídos no sistema, como ocupações de leitos no país e a divisão dos casos confirmados em síndrome respiratória aguda grave (pacientes graves, que geralmente precisar ser hospitalizados) e síndrome gripal (quadros clínicos mais controlados).
Estados
O estado do Rio de Janeiro voltou a superar São Paulo no número de infectados e mortes nesta segunda-feira. Os fluminenses fecharam o dia com 74 óbitos e 1.783 casos novos, contra 43 vidas perdidas e 1.520 contaminados dos paulistanos, que, apesar disso, se mantêm como a unidade federativa com o maior incidência de COVID-19: 144.593 casos e 9.188 mortes.