Na linha de frente do combate ao novo coronavírus, os profissionais da saúde também estão entre os afetados pela pandemia.
Segundo o Ministério da Saúde, já foram coletados e analisados 432.668 testes desses agentes, entre 1º de março e 1º de junho, dos quais 83.118 deram positivo. Destes, 169 (19,21%) morreram por causa da COVID-19, informou a pasta.
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Há pouco mais de um mês, em 14 de maio, o ministério havia informado que quase 200 mil agentes de saúde já apresentavam sintomas da doença desde o início da pandemia. Questionada sobre o aumento do número de profissionais infectados (mais do que o dobro), Mayra disse que, na realidade, o que houve foi aumento de notificação.
"Na verdade, a gente está tendo mais notificação. Necessariamente, eu não posso afirmar que o número dobrou. Nós começamos a fazer o acompanhamento e aí passamos a receber mais notificações", justificou ela. Para tentar minimizar esse impacto, a secretária disse que o ministério tem tido o cuidado de intensificar a oferta de equipamentos de proteção individual (EPIs), bem como a realização de cursos para que os agentes de saúde sejam bem instruídos para o uso dos aparelhos.
Mayra afirmou que boa parte dos testes rápidos que foram doados ao ministério é destinada ao acompanhamento dos profissionais da saúde. "Quando testa, tem a possibilidade de afastar esses profissionais e, na testagem, saber se ele tem anticorpos e se pode voltar às atividades", afirmou. Segundo ela, já esperando que essa categoria fosse afetada pela alta exposição ao novo coronavírus, a pasta se antecipou em criar um banco de dados com agentes de saúde que estariam dispostos a atuar na pandemia.
Ela disse, ainda, que as secretarias do ministério vêm insistindo, junto às secretarias estaduais e municipais, para que haja o maior número de testagens entre os profissionais da saúde.