Jornal Estado de Minas

DECLARAÇÃO

Príncipe do Brasil garante que não existe racismo no país

Trineto do imperador Dom Pedro II, o príncipe imperial do Brasil, Dom Bertrand de Orleans e Bragança, disse nesta terça-feira (16/6) que não existem diferenças raciais no país. Segundo ele, “enquanto certos países têm um problema racial muito violento, aqui nós não temos.”





“Estão procurando criar esse problema racial, mas não conseguem. Aqui, todos nos damos bem. Aqui no Brasil, todos nós vivemos bem”, afirmou o descendente da família real, durante videoconferência à Fundação Alexandre de Gusmão, fundação pública vinculada ao Ministério das Relações Exteriores.

Dom Bertrand de Orleans e Bragança foi convidado para participar de um seminário promovido pelo Palácio do Itamaraty intitulado “O Brasil na conjuntura internacional do pós-coronavírus”. O príncipe falou por pouco mais de duas horas e em determinado momento do evento comentou que o Brasil tem muitos pontos positivos por ser composto por pessoas de diferentes etnias.

“Todo brasileiro tem um pouco de sangue branco, um pouco de sangue negro e um pouco de sangue índio. Isso deu um blend (mistura) absolutamente extraordinário, porque nós temos o povo brasileiro que é um povo fabuloso. É um povo que tem um calor humano que nenhum outro povo tem isso”, garantiu.





Segundo Dom Bertrand de Orleans e Bragança, os brasileiros têm “a fé e o espírito empreendedor do português”, “a intuição do índio” e “a força, a bondade, o calor humano e a lealdade da raça negra.”

“O jeitinho brasileiro vem do índio. Nós temos outras qualidades do índios, como a nossa sacrossanta mania de tomar banho todo dia. E esse calor humano que nós temos vem de onde? Vem exatamente da raça negra. Nós formamos com isso um povo fabuloso. Nós fomos somando as qualidades dos vários povos e nós temos um povo que é pacífico e heroico ao mesmo tempo. Os brasileiros são muito intuitivos. Há uma capacidade empreendedora fabulosa”, destacou.

Culpa da China

Ao falar sobre a crise sanitária do coronavírus, o príncipe disse que “o grande culpado por essa pandemia é a China”. “Que o vírus foi criado ou não criado, eu tenho minhas opiniões a respeito, mas não quero levantar a questão. Mas o fato é o seguinte: nasceu lá e foi de lá que se expandiu. Desde dezembro do ano passado já sabiam que havia um vírus. Portanto, os grandes responsáveis são os chineses. Não o povo, mas o governo chinês. Os chineses não fizeram sua parte. Não vou dizer que o crime é culposo ou danoso, mas eu estou convencido de que é pelo menos culposo, porque eles não alertaram o mundo.”





Ao falar das estatísticas da pandemia no Brasil, Dom Bertrand de Orleans e Bragança usou os números do dia 6 de junho, quando a pandemia completou 102 dias em solo nacional. Por mais que àquela altura o país já fosse o segundo no ranking mundial de mortos e de infectados, o príncipe comparou os índices de sete nações europeias juntas para dizer que o Brasil estava lidando melhor com a covid-19 e que é “um país privilegiado.”

“Há dados muito interessantes da pandemia que não são publicados como deveriam. Num balanço de 102 dias da pandemia, os países europeus França, Itália, Espanha, Bélgica, Portugal, Suíça e Áustria, com população de 211.728.578 habitantes, tiveram 820.436 casos confirmados, 319.656 recuperados e 103 mil óbitos. O Brasil, com uma população ligeiramente maior de 212.463.372, teve 710.887 casos confirmados, 302.084 recuperados e 37.312 mortos. O Brasil é um país privilegiado. Nós sempre dissemos que Deus é brasileiro. Nós temos que confiar na bondade de Deus, nosso senhor”, analisou.