Jornal Estado de Minas

DADOS DO IBGE

Pesquisa do IBGE: em uma semana, 3,6 milhões de pessoas procuraram atendimento com sintomas de gripe

(foto: Gráfico: IBGE)
Na semana entre 24 e 30 de maio de 2020, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de COVID-19 do IBGE estimou que 22,1 milhões de pessoas (ou 10,5% da população) apresentavam pelo menos um dos 12 sintomas associados à síndrome gripal (febre, tosse, dor de garganta, dificuldade para respirar, dor de cabeça, dor no peito, náusea, nariz entupido ou escorrendo, fadiga, dor nos olhos, perda de olfato ou paladar e dor muscular) que são investigados pela pesquisa. 



Esse contingente ficou estatisticamente estável frente à semana anterior (22,7 milhões ou 10,8% da população) mas diminuiu comparado às semanas de 10 e 16 de maio (24,7 milhões ou 11,7 %) e de 3 a 9 de maio (26,8 milhões ou 12,7%).

Cerca de 16,4% daqueles que apresentaram sintomas (ou 3,6 milhões de pessoas) procuraram estabelecimentos de saúde em busca de atendimento (postos de saúde, equipe de saúde da família, UPA, Pronto Socorro ou Hospital do SUS ou, ainda, ambulatório /consultório, pronto socorro ou hospital privado).

Esse contingente ficou estatisticamente estável em relação à semana anterior (3,8 milhões ou 16,9%) e, também, frente às semanas de 10 a 16 de maio (3,9 milhões ou 15,8%) e de 3 a 9 de maio (3,7 milhões ou 13,7%). Mais de 80% destes atendimentos foram na rede pública de saúde.



Cerca de 1,1 milhão de pessoas procuraram atendimento em hospital, público ou particular, na semana de 24 a 30 de maio. Entre elas, 127 mil (11,7%) foram internadas.

Entre as pessoas que apresentaram sintomas, mas não foram a um estabelecimento de saúde, 82,4% tomaram a providência de ficar em casa e 58,6% compraram ou tomaram remédio por conta própria. Apenas 4,8% ligaram para algum profissional de saúde e 13,3% compraram ou tomaram remédio por orientação médica.

A PNAD COVID-19 estimou em 84,4 milhões a população ocupada do país na semana de 24 a 30 de maio. Entre esses, 8,8 milhões (ou 13,2% dos ocupados) trabalhavam remotamente e 14,6 milhões (17,2%) estavam afastados do trabalho devido ao distanciamento social.

Por outro lado, no mesmo período, a população fora da força de trabalho (que não estava trabalhando nem procurava por trabalho) era de 74,6 milhões, dos quais 25,7 milhões (ou 34,4%) disseram que gostariam de trabalhar. Essa proporção permaneceu estatisticamente estável nas quatro semanas analisadas.

Além disso, parte expressiva (68,9% ou 17,7 milhões) das pessoas fora da força que não procuraram trabalho, não o fizeram por causa da pandemia ou por não encontrarem uma ocupação na localidade em que moravam.