Qual capital brasileira possui a maior taxa de letalidade por COVID-19? E a menor? Segundo levantamento feito pelo Programa Cidades Sustentáveis (PCS), o Rio de Janeiro tem os piores números; Florianópolis, os melhores. Já Belo Horizonte ocupa a 22ª posição entre as 26 cidades analisadas no estudo, que não considerou Brasília.
Florianópolis (0,92%), Palmas (1,14%), Campo Grande (1,84%) e Aracaju (1,94%).
No levantamento, o PCS analisou dados sobre dos municípios atualizados até o dia 10 de junho. À época, BH havia registrado 2.832 casos de coronavírus, dos quais 62 resultaram em mortes. A letalidade, portanto, estava em 2,19%. O índice era superior apenas ao de outras quatro capitais: Na outra ponta do ranking, o Rio de Janeiro possuía a maior taxa de letalidade: 12,13%, treze vezes superior à registrada por Floripa. À época, a capital fluminense tinha 37.903 casos confirmados da doença, com 4.599 mortes. Belém (11,05%), Fortaleza (9,26%), Recife (7,68%) e Manaus (6,92%) completam a lista dos cinco piores. Epicentro da pandemia no Brasil, São Paulo aparece em seguida, com 6,5%.
A taxa de letalidade brasileira era de 5,13. Na ocasião, o país havia registrado 775.670 casos de COVID-19, dos quais 39.810 resultariam em mortes. Veja o ranking com as 26 capitais a seguir:
Conclusão da avaliação
O PCS analisou comparativamente a letalidade do coronavírus das capitais com as suas respectivas taxas de mortalidade por doenças do aparelho respiratório em 2018, último ano em que os números foram disponibilizados.
A avaliação do programa é que “de forma geral, a letalidade da COVID-19 é maior nas cidades em que as taxas de mortalidade por doenças respiratórias já apresentavam índices elevados antes da pandemia”.
Rio de Janeiro e Belém, por exemplo, possuem duas das maiores letalidades do coronavírus entre as capitais e também figuram entre as que têm taxas de mortalidade mais elevadas por doenças respiratórias.
Na outra ‘ponta’ do ranking, o mesmo se aplica: Florianópolis e Palmas, com as duas menores taxas de letalidade do vírus, também estão entre as capitais com mais baixos índices de mortalidade por doenças do aparelho respiratório.
O próprio PCS, porém, afirma que uma provável subnotificação nos casos de COVID-19 pode provocar distorções na comparação entre a letalidade do vírus e a mortalidade de outras doenças respiratórias.
É o caso de Campo Grande, por exemplo. No ranking do PCS, a capital do Mato Grosso do Sul tem a terceira menor letalidade por coronavírus e a terceira maior mortalidade por outras doenças respiratórias.
Em Belo Horizonte, também há distorções. A capital mineira tem a quinta menor letalidade da COVID-19, mas ocupa uma posição intermediária no ranking de mortalidade por outras doenças do aparelho respiratório: 11ª, com 66,62 óbitos por 100 mil habitantes.