Diretor executivo da Organização Mundial de Saúde (OMS), Michael Ryan afirmou que as Unidades de Terapia Intensiva do Brasil "continuam a dar conta" dos casos da covid-19. Ele alertou, porém, que elas podem ficar pressionadas, diante do avanço da doença em território nacional. "No geral, elas continuam a dar conta, mas é difícil para qualquer sistema suportar uma contínua alta nos casos, a pressão persistente sobre o sistema", afirmou ele, durante entrevista coletiva da entidade.
Ryan disse que o cenário requer que o governo e a sociedade civil trabalhem juntos para conter a disseminação do vírus. Além disso, pediu que todos os níveis de governo também mostrem união diante da pandemia. Ele lembrou que houve nas últimas 24 horas no Brasil mais de 20 mil casos confirmados da doença, com mais de 1.200 mortes.
Ao mesmo tempo, o diretor executivo da OMS lembrou que a situação no País não é homogênea, comentando que essa é uma questão importante nas grandes nações. "Temos visto achatamento dos casos em algumas regiões, mas um contínuo aumento em outras" do Brasil, afirmou.
Ryan ainda elogiou o trabalho dos profissionais de saúde do Brasil, que estão "bravamente na linha de frente". Ele disse que mais de 12% dos casos da doença do País ocorreram em profissionais de saúde, o que dá uma mostra da "coragem e profissionalismo" desse grupo. Além disso, garantiu que a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), braço regional da OMS, tem trabalhado de perto com o País no nível federal e nas esferas estaduais no combate à pandemia, o que continuará a ser feito.
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