Seguindo o que muitos previam, o Brasil chegou à marca de 1 milhão de infectados por coronavírus menos de quatro meses depois do primeiro caso. Nesta sexta-feira, o país sul-americano, epicentro da doença no mundo, contabilizou 1.032.913 infectados. Em 24 horas, os brasileiros tiveram 1.206 mortes. O balanço divulgado prelo Conselho Nacional de Saúde (Conass) mostrou que foram mais 54.771 casos de quinta para esta sexta-feira, um recorde desde o início da pandemia. A taxa de mortalidade é de 23,6 por 100 mil habitantes.
As estatísticas divulgadas pelo Conass bateram com o balanço oficial do Ministério da Saúde. Segundo a pasta, o Brasil chegou à taxa de 507.200 pacientes recuperados desde o início da pandemia. Outras 476.759 pessoas estão em acompanhamento em casa ou em unidades de saúde.
Somente os Estados Unidos haviam atingido a faixa de 1 milhão de casos confirmados. O país presidido por Donald Trump, que já passou de 118. mil óbitos, obteve a marca negativa em 28 de abril e hoje já contabiliza mais de 2,2 milhões de contaminados desde janeiro, quando apareceu o primeiro caso no condado de Snohomish, em Washington - um homem de 35 anos, segundo as autoridades de saúde. Já o Brasil registrou seu primeiro infectado em São Paulo, em 25 de fevereiro.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) mostrou preocupação com a capacidade de leitos do Brasil, mas afirmou que o "país tem dado conta". O diretor do órgão, Michael Ryan aconselhou que governo e sociedade civil trabalhem juntos contra a disseminação da COVID-19.
Ao mesmo tempo que prefeitos e governadores discutem sobre a flexibilização do isolamento social, o Brasil chega ao seu período mais devastador do coronavírus. Especialistas apontam que julho pode ser o auge do pico no país, com possibilidade de estabilização a partir de agosto.
O estado de São Paulo atingiu hoje a marca de 200 mil casos e passou países como Irã, França e Alemanha. Os paulistas registraram nesta sexta-feira 386 mortes nas últimas 24 horas, chegando ao total de 12.202. O número de óbitos em um único dia se aproximou do recorde de quarta-feira, quando 389 pessoas perderam a guerra com a doença.
Já o Rio de Janeiro somou nesta sexta-feira mais de 6 mil novos casos e fechou o dia com 93.378. O total de mortes foi de 183 nas últimas 24 horas.