Fragmentos de óleo voltaram a aparecer em praias da Bahia, de Pernambuco e de Alagoas desde 19 de junho. Segundo a Marinha do Brasil, o material é um vestígio da substância que começou a aparecer no litoral do Nordeste em agosto de 2019, há 10 meses.
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ANP desmobiliza plano de contingência para conter o óleo derramado na costaChega a quase 1000 número de localidades atingidas por óleo no litoral do BR471 localidades ainda têm fragmentos de óleo no Nordeste, RJ e ES"Com base no exame realizado, a chegada desse material deve consistir na reincidência de segmentos oleosos que não tinham sido anteriormente identificados durante as ações de resposta", diz nota divulgada pela Marinha.
O comunicado ainda afirma que o aparecimento do óleo se deve "possivelmente" a "fatores meteorológicos, como alterações no regime de ventos e marés, que acabaram por revolver sedimentos e possibilitaram o ressurgimento desses fragmentos neste último final de semana".
Segundo a Capitania dos Portos da Bahia (CPBA), fragmentos de óleo também foram encontrados em 25 de junho na praia de Piatã, em Salvador. O material foi coletado e será analisado no Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreiro, no Rio.
"A CPBA mantém o procedimento de monitoramento, de forma rotineira, das praias do litoral baiano. Caso aviste óleo nas praias, disque 185", diz a capitania em nota. Além disso, moradores também relatam ter encontrado fragmentos em Sergipe nos últimos dias.
Os resíduos começaram a aparecer no litoral brasileiro em 30 de agosto de 2019, somando toneladas de óleo que atingiram 130 municípios de 11 estados. O material chegou a atingir animais aquáticos e aves, além de impactar corais e áreas de proteção ambiental.
Até março deste ano, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) divulgou mapas das localidades vistoriadas. No dia 19 daquele mês, 135 localidades (territórios equivalentes a até 1 quilômetro) ainda tinham vestígios de óleo no Maranhão, no Rio Grande do Norte, em Pernambuco, em Alagoas, em Sergipe, na Bahia, no Espírito Santo e no Rio de Janeiro.