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Estado de Minas

Operação no RJ busca chefes do Escritório do Crime, grupo envolvido na morte Marielle Franco

Ação coordenada pelo MPRJ e pela Polícia Civil nesta terça-feira (30) cumpre mandados de prisão contra cinco integrantes da quadrilha, suspeitos de vários homicídios


30/06/2020 07:25 - atualizado 30/06/2020 12:39

(foto: Twitter/reprodução)
(foto: Twitter/reprodução)
A Polícia Civil e o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado Janeiro (GAECO), braço do Ministério Público, cumprem, na manhã desta terça-feira (30) mandados de prisão contra cinco integrantes do Escritório do Crime, organização criminosa envolvida no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, mortos em março de 2018. 

O principal alvo operação, batizada de Tânatos, é Leonardo Gouvea da Silva, conhecido como Mad, sucessor do ex-capitão do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), Adriano Magalhães da Nóbrega, no comando da quadrilha. Capitão Adriano, como ele era chamado, morreu durante a operação Intocáveis, deflagrada em 9 de fevereiro, após ser encontrado em uma chácara no interior da Bahia. 

Os agentes cumprem ainda 20 mandados de busca e apreensão em vários pontos da capital carioca - Leblon, Barra da Tijuca, favela Jorge Tuco, na Zona Norte do Rio, entre outros.

A prisão de Mad já foi confirmada pela Delegacia de Homicídios. Segundo as investigações, ele outros membros do Escritório do Crime são investigados pelo assassinato do empresário Marcelo Diotti da Mata, que ocorreu na mesma noite do homicídio de Marielle e Anderson. 

O crime tem como pano de fundo a briga pelo legado deixado pelo bicheiro Waldomiro Garcia, o Miro, ex-patrono da escola de samba Salgueiro, que morreu em 2004. A "herança" é disputada por dois membros da família Garcia: o pecuarista Alcebíades Paes Garcia, o Bid, filho de Miro, e Bernardo Bello Barboza, casado com a sobrinha do patriarca. Adriano da Nóbrega era pago para proteger Bernardo, enquanto Diotti atuava a serviço de Bid. 

Diotti teria armado um plano para matar Adriano e, assim, conseguir executar Bernardo. O miliciano, no entanto, teria descoberto a trama e se antecipou: mandou Mad dar fim à vida do empresário.

A longa lista de crimes atribuídos à dupla, segundo o Ministério Público do Rio Janeiro, inclui a tentiva frustrada de homicídio do ex-PM reformado Anderson Cláudio da Silva ('Andinho'), além do militar Natalino dos Santos Rodrigues, em 6 de janeiro de 2018. O MP não esclareceu a a motivação para esses delitos. 

A operação Tânatos prendeu também Leandro Gouvêa da Silva, irmão e homem de confiança de Mad. Ele é apontado como motorista do Escritório do Crime, além de responsável pelo levantamento, vigilância e monitoramento das vítimas da milícia. 

As autoridades ainda procuram João Luiz da Silva (o Gago) e Anderson de Souza Oliveira (o Mugão), ambos ex-policiais militares. 


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