Titular da da Delegacia de Homicídios (DH), Daniel Rosa disse que o chamado 'Escritório do Crime', organização criminosa que comete assassinatos por encomenda, já chegou a cobrar R$ 1,5 milhão por 'contrato'. A informação foi repassada pelo delegado a jornalistas e divulgadas por portais, como o G1 e o jornal O Globo.
Foram presos nesta terça os irmãos Leonardo Gouvêa da Silva (chamado de "Mad") e Leandro Gouvêa da Silva (chamado de "Tonhão"). 'Mad' é apontado como chefe da organização, responsável pela negociação, planejamento, operacionalização e coordenação das ações criminosas.
O irmão de Mad, 'Tonhão', atua como motorista do grupo, além de levantar informações e monitorar as vítimas. Outros dois denunciados cumprem funções semelhantes: os ex-policiais militares João Luiz da Silva (conhecido como 'Gago') e Anderson de Souza Oliveira (chamado de 'Mugão').
Segundo investigação, eles possuem estreita ligação com o miliciano Adriano da Nóbrega, que foi denunciado pelo Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP-RJ na operação “Intocáveis”, em janeiro de 2019. Após ter prisão decretada, ele se tornou foragido.
Em fevereiro deste ano, Adriano foi morto em uma ação registrada como confronto contra a PM, na Bahia, durante operação que visava prendê-lo. À TV Globo, o delegado explicou que, com a morte do 'Capitão Adriano', Leonardo se tornou o chefe do grupo. Segundo Rosa, o escritório é constituído por matadores de aluguel, que são contratados por organizações criminosas para eliminar "desafetos".
Marielle Franco
Apesar da suspeita que havia, o delegado Daniel Rosa afirmou que o grupo não participou dos homicídios da vereadora Marielle Franco e do seu motorista, Anderson Gomes. Um dos crimes investigados, e que foi solucionado nesta terça, é de Marcelo Diotti da Mata, executado no dia 14 de março de 2018, mesma data do homicídio de Marielle.
O miliciano Adriano da Nóbrega é apontado como mandante. Diotti já havia sido preso por homicídio e exploração de máquinas de caça-níqueis e era visto como desafeto por seus executores, segundo o MP.