Enquanto outros países já conseguem ter controle maior da doença, o Brasil atingiu nesta quarta-feira à marca de 60.610 vidas perdidas por coronavírus. O número de contaminados é de 1.448.753 desde o primeiro caso, em fevereiro, durante os festejos do carnaval. Segundo o balanço do Ministério da Saúde e do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass), o país também contabilizou a marca de 826.866 pacientes curados pela doença, maior taxa no mundo, segundo a Universidade John Hopkins. Há 560.852 pessoas ainda em acompanhamento.
Foram 1.038 mortes registradas nas últimas 24 horas, além de 46.712 novos casos. A taxa de incidência de infectados continua em ritmo preocupante, com 689,4 a cada 100 mil habitantes. Já o índice de mortalidade é 28,9 por 100 mil habitantes.
"Embora o número (de casos) seja elevado, tem um número de óbitos, fase mais triste da doença, se mantendo em um 'platô' (quando atinge estabilidade), embora elevado, mas em um platô", disse o secretário de Vigilância Sanitária, Arnaldo Correia de Medeiros.
O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, também enfatizou a importância de que os países adotem uma abordagem abrangente contra a pandemia da covid-19, com todos os instrumentos disponíveis e que já se mostraram eficientes contra a doença: "Nos preocupa que alguns países não usaram todos os instrumentos à disposição deles e adotaram uma abordagem fragmentada. Esses países têm um caminho longo e duro à frente", alertou, durante entrevista coletiva da entidade
500 mil casos no Sudeste
A maior parte dos casos e mortes por coronavírus está nas regiões Sudeste e Nordeste. Ambas estão prestes a atingir, juntas, a marca de 1 milhão de infectados e quase 50 mil óbitos. Os nordestinos chegaram nesta quarta-feira ao total de 497.330 contaminados e 19.585 vidas perdidas. Já o Sudeste contabiliza 501.618 casos e 27.928 mortes.
Com 267 mortes desde esta terça-feira, o estado de São Paulo passou das 15 mil desde o início da pandemia. O total de infectados é de 289.935. Apesar disso, o número está abaixo de projeções feitas para o mês de junho pelo Centro de Contingência contra a COVID-19, que passou a ser comandado por Paulo Menezes. A projeção era de até 290 mil casos até o final do mês e até 18 mil mortes.
Já a Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro aponta o número de 10.198 mortes, sendo 118 nas últimas 24 horas. Já são 115.278 casos desde o início da pandemia.
Já o Ceará está prestes a igualar o número de infectados do estado fluminense. Nesta quarta-feira, os nodestinos atingiram 113.017 casos, com um total de 6.180 óbitos