Mais 1.290 mortes e 42.223 casos de coronavírus em 24 horas no Brasil. Os números divulgados pelo Ministério da Saúde e pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) nesta sexta-feira (3) ilustram bem o tamanho do estrago da doença no país, que não tem trégua. Com o balanço atualizado nesta sexta-feira, os brasileiros já presenciaram a perda de 63.174 vidas e viram 1.539.081 pessoas se infectarem em pouco mais de três meses.
O Ministério da Saúde apontou também que 868.372 pacientes já não apresentam mais sintomas da doença. Outros 607.535 pessoas estão sendo acompanhadas em hospitais e casas de saúde ou mesmo nas suas residências.
Ainda que os números tenham estabilizado nos últimos dias, a Organização Mundial de Saúde (OMS) pede que o país mantenha o sinal de alerta ligado: "No Brasil, os casos aumentaram diariamente, mas, nos últimos dias, eles se estabilizaram. Agora, como dissemos muitas vezes nas coletivas anteriores, a estabilização não significa que os números vão diminuir", disse o diretor-executivo da OMS, Mike Ryan.
Ele entende que o país sul-americano - que aparece em segundo lugar em número de casos e óbitos desde meados de abril, atrás dos Estados Unidos - pode perfeitamente controlar a doença aos poucos: " Nunca é tarde demais em uma epidemia para assumir o controle. A questão não é se o surto está fora de controle ou sob controle. A questão é: vá para casa e assuma o controle da situação".
O número de mortes nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro representam 42% do total no Brasil. Os paulistas completaram 310 mil infectados e 15.694 óbitos pela doença. Já os cariocas atingiram 118.956 casos e 10.500 vidas perdidas. No caso da capital fluminense, há a preocupação do crescimento da doença depois da reabertura de bares e restaurantes, seguindo determinação da prefeitura.
Expansão em Minas
Se as autoridades de Minas Gerais antes valorizavam a política de combate à doença, agora o estado vira alvo da COVID-19. A unidade federativa expandiu seu número de casos e atingiu o grupo dos 10 primeiros no Brasil, superando o Espírito Santo. Nesta sexta, foram 2.648 casos e 51 mortes, quase atingindo o recorde de óbitos em 24 horas, que havia sido estabelecido de quarta para quinta-feira.