Após sobrevoar áreas atingidas pelo ciclone na Grande Florianópolis, o presidente Jair Bolsonaro participou de reunião para falar sobre o repasse de recursos para o Estado. Participaram do encontro representante do Fórum Parlamentar Catarinense e o governador Carlos Moisés (PSL), que marcou presença por videoconferência, uma vez que foi diagnosticado com o novo coronavírus. Bolsonaro deixou o local após o encontro e não atendeu a imprensa.
Na reunião, o presidente não confirmou quanto será repassado ao Estado para a reconstrução das áreas atingidas. Segundo o secretário nacional da Defesa Civil, Alexandre Lucas Alves, será preciso primeiro fazer "um rápido levantamento de danos".
O governador Carlos Moisés (PSL) disse que o Estado está dando prioridade ao atendimento humanitário das famílias, principalmente com o fornecimento de telhas e lonas. "A avaliação de danos demanda um pouco mais de tempo. É um trabalho que é feito no terreno e, neste momento, é necessário que a assistência seja imediata. A reconstrução ainda vai levar um tempo", afirmou o governador sem fixar uma data para o levantamento dos danos.
No sobrevoo que durou aproximadamente uma hora, Bolsonaro passou pelas cidades de Tijucas e Governador Celso Ramos, ambas na Grande Florianópolis, onde foram registradas quatro das nove mortes causadas pelo ciclone.
Além dos recursos emergenciais, o governador catarinense também pediu, a título de investimento, recurso da Aneel para instalação de rede subterrânea nas áreas mais afetadas e para serviços essenciais, que não podem ficar sem o fornecimento de energia, como hospitais, por exemplo.
A passagem do ciclone causou o maior acidente da história na rede elétrica catarinense. Mais da metade da população ficou sem energia por causa da queda de postes e árvores na rede elétrica. Neste sábado, três dias após o registro do fenômeno, algumas regiões ainda não tinham o serviço restabelecido.