Internado e em coma depois de ser picado por uma cobra naja exótica, o jovem Pedro Henrique Santos Krambeck Lehmkuhl, de 22 anos, demonstra, nas redes sociais, ser um admirador desse réptil. Em um perfil no Facebook, o rapaz costuma compartilhar diversas publicações com imagens de cobras. Em uma delas, uma criança aparece brincando com o animal. Contudo, não há, ao menos em modo público, qualquer registro que revele espécimes criados pelo próprio estudante.
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Além do gosto por serpentes, Pedro também exibe publicamente interesse por artistas do gênereo sertanejo, como Gusttavo Lima e Eduardo Costa; e pagode, a exemplo de Péricles.
Nos esportes, o rapaz acompanhava uma página de notícias do Vasco e três de equipes norte-americanas: Orlando City, Las Vegas City e Philadelphia Union — cujo símbolo é uma cobra.
A foto de perfil do jovem foi alterada duas vezes nesta quarta-feira (8), quando ele já estava internado. A primeira imagem foi a de um quadrado preto. Nela, dois amigos comentaram pedindo notícias de Pedro e desejando melhoras. A segunda continha uma bandeira do Brasil.
Cobra asiática
A cobra criada por Pedro e que o picou é originária da Ásia e, segundo o diretor de répteis, anfíbios e artrópodes do Zoológico de Brasília, Carlos Eduardo Nóbrega, não tem postura agressiva: "Essa espécie só ataca quando se sente muito ameaçada. Porém, é muito nociva ao ser humano e pode levar à morte uma hora depois da picada".
A Polícia Civil do DF investiga a origem do animal. O rapaz está internado no Hospital Maria Auxiliadora desde terça-feira (7/7), em coma na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI).
O soro antiofídico necessário para o tratamento do veneno, que é estocado pelo Instituto Butantan em São Paulo, chegou em Brasília durante a noite de terça-feira.