O estudante de veterinária Pedro Henrique Lehmkuhl, de 22 anos, que foi picado por uma cobra do gênero naja nessa terça-feira (7/7) apresentou melhora no fim da tarde desta quarta. Segundo o Grupo Santa Lúcia, Pedro Henrique continua internado na UTI em estado grave.
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Tremor assusta moradores da região metropolitana de FortalezaPresidente da Funai foi contaminado pelo novo coronavírusSupermercado ou velório: veja onde há maior risco de pegar a COVID-19Ataque de naja: polícia encontra criadouro com 16 cobras exóticas no DFJovem que foi picado por naja receberá multa do Ibama entre R$ 500 e R$ 5 milSegundo apuração do Correio, ainda durante a madrugada, Pedro sofreu um choque anafilático, consequência de uma reação alérgica grave, e a administração do soro precisou ser interrompida.
O Correio apurou, ainda, que Pedro precisou ser submetido a hemodiálise, com o intuito de remover substâncias tóxicas do sangue. Ele continua em coma. Todo o procedimento foi coordenado entre o hospital e o Instituto Butantan.
Estudante de veterinária
Pedro Henrique cursa veterinária no Centro Universitário Uniceplac.Segundo a coordenadora do curso, Daniella Ribeiro Guimarães Mendes, vários alunos manifestam apreço pelos mais diversos tipos de animais, mas são instruídos sobre a necessidade do respeito ao habitat de cada espécie.
"Para aulas, podemos ter bovinos, equinos e outros animais mais domésticos. Animais selvagens em cativeiro representam um perigo e pode ser um mal para o próprio animal. Até porque é impossível alguém sair andando e se deparar com uma espécie dessas por aqui", avalia.
A professora explica ainda que esse tipo de serpente é proveniente da Índia e da África. A espécie específica, uma naja kaouthia, vive apenas no sul da Ásia e apenas instituições autorizadas pelo Ibama, a exemplo do próprio Instituto Butantan, têm autorização, no Brasil, de criar serpentes do gênero e ter ambientes que promovam segurança, inclusive, para o animal.
A Polícia Civil vai investigar a origem do animal que picou o rapaz.
A Polícia Civil vai investigar a origem do animal que picou o rapaz.
O Grupo de Estudos de Animais Silvestres e Exóticos (Gease) do Uniceplac emitiu uma nota de pesar em apoio ao estudante e à família. O grupo ressalta que não incentiva a criação de animais que possam oferecer riscos à saúde humana, ou do próprio animal: "Aconselhamos que os membros que desejem adquirir um animal silvestre, façam isso seguindo as leis e normativas vigentes no país”.
“O aluno e amigo Pedro Henrique, é um importante membro deste grupo. Nos sentimos consternados com a situação e aceitamos todas as manifestações de carinho que ajudem em sua recuperação neste momento. Sejamos solidários evitando julgamentos que não contribuem para a melhora do quadro geral e faz com que sofram àqueles que o amam”, finaliza a nota.