Jornal Estado de Minas

TRATAMENTO

Estudante picado por naja em Brasília está com necrose no braço e lesões no coração

O jovem picado por uma naja na terça-feira (7/7) desenvolveu necrose no braço e lesões no coração devido ao veneno do animal. Pedro Henrique Santos Krambeck Lehmkul, 22 anos, segue internado na unidade de terapia intensiva (UTI) no Hospital Maria Auxiliadora, no Gama. A cobra está no Zoológico de Brasília desde que foi capturada, na noite de quarta-feira (8/7). 



 

Pedro recebeu uma dose de soro antiofídico que foi cedida pelo Insituto Butantan, em São Paulo, ainda na quarta-feira. Ele também passou por uma sessão de hemodiálise e estava respondendo bem aos tratamentos. Apesar disso, a família importou mais 10 doses de soro vindas dos Estados Unidos. As que não foram utilizadas no tratamento do rapaz, serão encaminhadas ao Butantan para estoque.  

O estudante apresentou a necrose e as lesões no coração nesta quinta-feira (9/7). Apesar disso, segundo apurou o Correio, Pedro reage bem aos medicamentos. De acordo com o major Elias Costa, do Batalhão de Polícia Militar Ambiental  (BPMA), necrose e lesões são comuns em acidentes com animais peçonhentos. "Como a picada foi no braço, é normal que se desenvolvam complicações por causa do veneno do animal", diz. 

 

Origem da cobra 

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), o Batalhão da Polícia Militar Ambiental e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) investigam como o animal chegou ao Brasil. As suspeitas são de que o estudante a tenha trazido de fora ilegalmente, uma vez que não há registros da entrada da espécie no país. 

 

O amigo de Pedro que mantinha a cobra em casa já foi identificado e colaborou com a polícia para entregar o animal. O Ibama informou que emitirá multa, que pode variar de R$ 500 a R$ 5 mil, ao proprietário da residência onde estava o animal.