Jornal Estado de Minas

COBRA NAJA

Com lesões no coração e necrose, estudante picado por cobra naja acorda do coma

O estudante de veterinária Pedro Henrique Santos Krambeck Lehmkuhl, 22 anos, picado por uma cobra naja na última terça-feira (7/7), acordou do coma. A reportagem apurou que ele não está mais intubado, e já consegue conversar. Ele inclusive já agradeceu à equipe médica que prestou socorro.



O rapaz está internado em unidade de terapia intensiva (UTI), no hospital Maria Auxiliadora, no Gama, desde o dia do ataque. Por causa do veneno, ele desenvolveu uma necrose no braço, além de lesões no coração.
 

O tratamento foi feito com soro antiofídico específico da espécie, e trazido ao DF diretamente do Instituto Butantan, em São Paulo. Havia uma única dose disponível. Outras 10 doses preventivas foram importadas dos Estados Unidos.

A cobra

Trata-se de uma serpente da espécie kaouthia. Elas vivem em toda a África e sul da Ásia e são animais peçonhentos considerados perigosos. O veneno da naja pode matar um ser humano em aproximadamente 60 minutos.
 
Depois de ser resgatada pelo Batalhão da Polícia Militar Ambiental (BPMA), próximo ao shopping Pier 21, ela foi levada ao Jardim Zoológico, onde é acompanhada pelos biólogos.

Apreensão

Na tarde desta quinta-feira (9/7), o Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA) encontrou um criadouro no Núcleo Rural Taquara, em Planaltina. A suspeita é de que o local tenha relação com a cobra que picou Pedro Henrique. Ao todo, 16 serpentes, estavam escondidas, cada uma em uma caixa, em uma baia de cavalo.