Sem apresentar evidências, o Ministério da Saúde disse nesta quinta-feira, 9, que o uso precoce de medicamentos, especialmente a cloroquina e a hidroxicloroquina, fez a pandemia perder força em alguns locais do País. Só ontem, o Brasil registrou 1.199 novas mortes e 42.907 novos casos.
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DF revoga o decreto que reabria comércio e escolasContágio foi maior entre pardos e pobres na capitalCOVID-19: UTIs de BH e outras quatro capitais estão à beira do colapsoQuase 90% dos médicos acreditam que Brasil pode passar por segunda onda do coronavírusEstudos clandestinos: polícia investiga se cobras achadas no DF são da Amazônia e do exteriorVeja os resultados da Quina e da Timemania, sorteados nesta quinta"O número absoluto (de casos) segue crescendo, mas a velocidade vem diminuindo. Há evidências também de que em algumas cidades e Estados aplicou-se o tratamento medicamentoso precoce, justamente o que contribui para o decréscimo dessa curva pandêmica", disse o secretário executivo do ministério, Elcio Franco.
Secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos, Hélio Angotti Neto foi mais cauteloso. "Sim, há indícios, divulgados em vários lugares da internet, mas ainda não podemos afirmar de forma inequívoca que o uso de específico da cloroquina reduziu o número de casos graves no País."
Não há estudo científico que mostre benefício da cloroquina contra a covid-19. O uso da droga tem sido defendido pelo presidente Jair Bolsonaro durante a pandemia. Diagnosticado com a doença, ele diz estar tomando o remédio.
Franco voltou a dizer que a orientação da pasta deixou de ser para "ficar em casa", em caso de suspeita da covid-19. A sugestão é buscar o médico. Segundo ele, o SUS está preparado para atender à demanda.
O ministério disse ainda que apenas 12% dos hospitais filantrópicos e Santas Casas receberam a sua parcela entre os R$ 2 bilhões liberados pelo governo federal por meio de lei aprovada no fim de março. Segundo Franco, Estados e municípios devem descentralizar o recurso repassado pela União.
Sobre o abastecimento de sedativos - em falta nos hospitais, segundo relatos de secretarias de Saúde -, o ministério disse ter requisitado estoques de indústrias nacionais e abriu pregão para compra.