Estão no zoológico de Brasília as 16 cobras encontradas em criadouro clandestino, nesta quinta-feira (9/7). Elas devem permanecer no local por tempo indeterminado até que seus destinos sejam definidos pelo Ibama. Os animais passarão por testes e exames veterinários a fim de definir o estado de saúde de cada um.
Entre as cobras, há 10 indivíduos de espécies exóticas e 6 encontradas no Brasil, incluindo filhotes de jiboia. Entre as que mais chamam a atenção, há uma king snake (cobra-rei) albina e outras king snakes, comuns nos Estados e no México e que não são peçonhentas. Também estão entre as apreensões um espécime de cobra-papagaio e de cascavel - a única venenosa.
Os animais ficarão isolados no zoológico até o fim dos testes veterinários para não correrem o risco de contaminarem as espécies já existentes no serpentário. De acordo com os profissionais que recepcionaram os répteis, nenhuma das espécies, nacionais ou estrangeiras, corre risco de extinção na natureza.
O Insituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Renovávies (Ibama) ainda irá decidir o destino final das cobras. O mais provável é que elas sejam encaminhadas ao Instituto Butantan, em São Paulo, ou que possam permanecer no zoológico de Brasília, mas as autoridades ainda estão em negociação.
Apreensão
Na tarde desta quinta-feira (9), o Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA) encontrou uma espécie de criadouro no Núcleo Rural Taquara, em Planaltina. Ninguém foi preso.
A suspeita é o que local tenha relação com a cobra que picou o estudante de medicina veterinária Pedro Henrique Santos Krambeck Lehmkuhl, de 22 anos. A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) segue nas investigações.
O estuadante deve receber alta da UTI neste sabádo. A expectativa das autoridades é que Pedro possa esclarecer questões ainda não respondidas sobre a origem da naja que o picou.