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Estado de Minas PANDEMIA

Quase 90% dos médicos acreditam que Brasil pode passar por segunda onda do coronavírus

Essa preocupação pode ser consequência de diversos fatores relacionados à realidade que esses profissionais enfrentam no combate à COVID-19


postado em 10/07/2020 16:52 / atualizado em 10/07/2020 18:45

Uma pesquisa feita pela Associação Paulista de Medicina (APM) revela que médicos estão suscetíveis a sintomas da Síndrome do Esgotamento Profissional durante a pandemia de COVID-19(foto: REUTERS)
Uma pesquisa feita pela Associação Paulista de Medicina (APM) revela que médicos estão suscetíveis a sintomas da Síndrome do Esgotamento Profissional durante a pandemia de COVID-19 (foto: REUTERS)
Estar na linha de frente da batalha contra a pandemia do novo coronavírus não é uma tarefa fácil. Uma pesquisa feita pela Associação Paulista de Medicina (APM) com quase dois mil médicos de todo país aponta que os profissionais que atendem pacientes com COVID-19 estão suscetíveis a sintomas da síndrome do esgotamento profissional - ansiedade (69,2%), estresse (63,5%), exaustão física/emocional (49%) e sensação de sobrecarga (50,2%).

Dos médicos que responderam a pesquisa, 60% trabalham em hospitais e/ ou unidades de saúde que assistem a pacientes com coronavírus. A maioria atende, em média, por dia, até 20 ou mais pacientes com suspeita ou confirmação da COVID-19. E somente 28% deles se dizem plenamente capacitados para atender qualquer fase do tratamento.

E o que dificulta ainda mais esse tratamento é a falta de uma infraestrutura adequada. 59% se queixaram da estrutura física/ insumos e segurança no qual tem trabalhado. Na pesquisa, esses profissionais da saúde informaram que falta aventais, óculos, luvas, álcool em gel e muitos outros insumos. E o que preocupa a categoria ainda é a falta de leitos para pacientes que precisam de internação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Em Minas Gerais, por exemplo, a taxa de ocupação dos leitos chegou a disparar, chegando a quase 90%, segundo números da Secretaria de Saúde do Estado de Minas Gerais. Na última atualização em 6 de julho, esse dado despencou para 68,24%, embora o número de casos suspeitos e confirmados do novo coronavírus tenha crescido no estado. De acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pelo governo nesta sexta-feira (10), já são mais de 70 mil confirmações da doença.

Além disso, outros fatores externos interferem no trabalho desses profissionais. É o caso das fake news - 69,2% dizem que interferem negativamente, pois levam algumas pessoas a minimizar (ou negar) o problema e, assim, a não observar as recomendações de isolamento social e higiene ou não procurar serviços de saúde. Outros 48,9% disseram que por causa disso, pacientes e familiares pressionam por tratamentos sem comprovação científica.

Outro dado revelado na pesquisa é no quesito violência. Trinta e sete porcento dos médicos que responderam o questionário confirmaram ter presenciado, ao longo da pandemia, episódios de agressões a médicos, outros profissionais ou colaboradores administrativos. 

E quanto à subnotificação dos dados do Ministério da Saúde, quase a metade indicou que está sendo divulgado um número menor de novos casos do que a realidade. Já as mortes provocadas pelo coronavírus, 21,5% têm a percepção de que o dado apontado é inferior ao de fato ocorrido.

E por esses motivos, quase 90% dos médicos acreditam que é possível uma segunda onda da COVID-19 no Brasil.

* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie. 

O que é o coronavírus


Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
Vídeo: Por que você não deve espalhar tudo que recebe no Whatsapp

Como a COVID-19 é transmitida? 

A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

Vídeo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronavírus?


Como se prevenir?

A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.
Vídeo: Flexibilização do isolamento não é 'liberou geral'; saiba por quê

Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas gástricos
  • Diarreia

Em casos graves, as vítimas apresentam:

  • Pneumonia
  • Síndrome respiratória aguda severa
  • Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus. 

Vídeo explica por que você deve 'aprender a tossir'

Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.

Coronavírus e atividades ao ar livre: vídeo mostra o que diz a ciência

Para saber mais sobre o coronavírus, leia também:



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