A Polícia Civil encontrou mais uma cobra em um apartamento no Guará 2. Segundo os investigadores, o imóvel estava desocupado e é de responsabilidade do pai de um dos amigos do estudante de medicina veterinária Pedro Henrique Lemhkuhl, 22 anos, picado por uma naja na última terça-feira (7/7).
O homem é servidor do Poder Judiciário e foi detido e conduzido à 14ª Delegacia de Polícia (Gama), na manhã deste sábado (11/7), para prestar esclarecimentos.
O animal estava escondido em uma caixa dentro do apartamento. No local, a polícia encontrou diversos ratos que seriam criados para servir de alimento à serpente. De acordo com a apuração policial, as serpentes teriam sido deixadas na residência pelo amigo de Pedro (o mesmo que soltou a naja próximo ao shopping Pier 21).
Além da serpente e ratos, agentes encontraram uma lâmpada fabricada em vidro vermelho real para melhor aquecimento no período noturno. O equipamento é próprio para produzir pouca luz e não perturbar o sono dos répteis. Um casco de tatu também foi encontrado nas dependências no imóvel. Na caixa onde estava a cobra, havia um informativo com a seguinte mensagem: "Não mexa, não troque de lugar, não trisque, não esbarre. Acidentes acontecem, por isso, mantenha a distância".
Investigação
Na noite de sexta-feira (10/7), a Delegacia de Combate à Ocupação Irregular do Solo e aos Crimes Contra a Ordem Urbanística e o Meio Ambiente (Dema) iniciou a Operação Squamata, que teve como alvo uma chácara na Colônia Agrícola Samambaia, em Vicente Pires.
Foram apreendidos, no local: sete serpentes, sendo cinco jiboias e duas pítons; um lagarto teiú; e uma moreia. "O responsável pelos animais apresentou a documentação de apenas uma das jiboias e do teiú, porém, estes, assim como os demais répteis, encontravam-se em situação de maus-tratos, pois em face do espaço inadequado em que estavam sendo mantidos", informa o comunicado emitido pelos investigadores.
Fontes policiais informaram ao Correio que o caso pode ter relação com o jovem Pedro Henrique. O responsável foi autuado em flagrante delito com base na Lei de Crimes Ambientais e foi multado administrativamente por fiscais do Ibama.