A Polícia Civil do Estado de São Paulo procura pela Cigana Milena, acusada de estelionato. A suspeita teria aplicado o golpe de “benzimento de dinheiro” em pelo menos cinco mulheres, do Distrito Federal, São Paulo, Maranhão, Tocantins e Rio Grande do Sul. O esquema gerou um prejuízo às vítimas superior a R$ 200 mil. A informação foi confirmada ao Correio na tarde desta quinta-feira (16/7) pela Secretaria de Segurança Pública do estado.
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Polícia Civil faz buscas em operação que investiga prejuízo milionário ao governo de MGPolícia Civil divulga cartilha com alerta contra golpes virtuaisPolícia prende gangue que ostentava armas na rua em Ribeirão das Neves; um suspeito fugiu pelo esgotoMega-Sena acumula e prêmio vai a R$ 24 milhões; confira os números Maranhão ganha hospital de campanha doado pelos Estados UnidosO caso é investigado por meio de inquérito policial pelo 7º Distrito Policial, localizado na Lapa (SP). Os golpes da Cigana Milena passaram a ser apurados pela unidade após uma lojista do DF procurar a Polícia Civil por ter perdido R$ 82 mil com o esquema estelionatário. Inicialmente, a mulher registrou o crime na 3ª Delegacia de Polícia (Cruzeiro), mas foi encaminhado para ser instaurado na região Sudeste. Isso ocorreu porque as contas bancárias da acusada são da cidade de São Paulo.
A mulher prestou esclarecimentos na 3ª DP (Cruzeiro Velho). No entanto, precisou viajar para dar depoimento no 7º Distrito Policial. “A equipe já identificou a suspeita e realiza buscas para localizá-la. Um segundo caso também é investigado pela unidade”, esclareceu a Secretaria de Segurança Pública.
As demais três vítimas da Cigana Milena devem registrar as ocorrências contra a suspeita por meio da Delegacia Eletrônica de São Paulo, por não serem moradoras do estado. Duas delas já contrataram advogados para representá-las na ação criminal contra a acusada, assim como na esfera cívil.
Perfil nas redes
No perfil do Instagram, Cigana Milena se autointitula uma pessoa espiritualista e realiza postagens relacionadas às religiões afrobrasileiras. Nessa quarta-feira (15), a suspeita chegou a criar uma segunda página na rede social, que saiu do ar por volta das 17h30. A Federação de Umbanda e Candomblé de Brasília e Entorno repudiou as ações da mulher.
Em postagem realizada na tarde dessa quarta, pelo stories do Instagram, a acusada comentou: “Calúnia e difamação também é crime queridos!!!! Estou com a consciência tranquila (sic)”. A reportagem respondeu à publicação, pedindo um posicionamento sobre os casos de estelionato, mas o perfil saiu do ar e não houve resposta. A página principal da suspeita, que tem mais de 350 mil seguidores, continua ativa.