Após ultrapassar a marca de 2 milhões de contaminações registradas pela covid-19, o Brasil registrou pelo quarto dia consecutivo mais de 1,1 mil mortes pela doença em 24 horas. Foram 1.110 novas mortes e mais 32.448 casos confirmados de infecção de ontem para hoje, segundo dados do levantamento realizado pelo Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL junto às secretarias estaduais de Saúde.
No total, foram mais de 77.932 vidas perdidas por causa da covid-19 e 2.047.186 pessoas foram infectadas. Nos últimos sete dias, o Brasil registrou uma média diária de 1.058 óbitos por covid-19.
O Estado de São Paulo chegou a 19.377 mortes por novo coronavírus nesta sexta-feira, das quais 339 foram registradas nas últimas 24 horas. O número de casos confirmados é de 407.415, um acréscimo de 5.367 casos. Segundo levantamento estadual, a covid-19 chegou a pelo menos 636 dos 645 municípios paulistas.
O Brasil levou quatro meses para chegar a 1 milhão de infectados, em 19 de junho, e bastaram 27 dias para o número dobrar. Isso sem contar que o Brasil é um país que testa pouco a sua população, ou seja, os números podem ser muito maiores que os registrados.
'No Brasil, é o vírus que está no controle até agora', diz diretor de emergências da OMS
O diretor do programa de emergências da Organização Mundial da Saúde (OMS), Michael Ryan, afirmou nesta sexta-feira, 17, que vários países - incluindo o Brasil - não conseguiram controlar o surto do novo coronavírus. "Até agora, é o vírus que está no comando, que está ditando as regras. Nós é que precisamos ditar as regras em relação ao vírus".
Ryan explicou que o número de novos casos de covid-19 registrados diariamente no País estabilizou entre 40 mil e 45 mil e as mortes diárias estão na média de 1,3 mil. A taxa de transmissão chegou a ser maior que de 2, o que significa que uma pessoa infectada transmitia a doença a outras duas, em média. Atualmente, esse índice está em 0.5 a 1.5, a depender do Estado, o que mostra que não há mais crescimento exponencial.
Consórcio de veículos de imprensa
O balanço de óbitos e casos é resultado da parceria entre os seis meios de comunicação, que uniram forças para coletar junto às secretarias estaduais de Saúde e divulgar os números totais de mortos e contaminados. A iniciativa inédita é uma resposta à decisão do governo Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia.
O órgão informou, no início da noite desta sexta-feira, que o Brasil contabilizou 1.163 óbitos e mais 34.177 pessoas infectadas pelo novo coronavírus. Com isso, segundo o Ministério da Saúde, no total são 77.851 mortes e 2.046.328 casos confirmados pelo coronavírus. O número é diferente do compilado pelo consórcio de veículos de imprensa principalmente por causa do horário de coleta dos dados.