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Greta doa prêmio à defesa da Amazônia brasileira

A ativista sueca Greta Thunberg disse ontem que doaria € 1 milhão (equivalente a pouco mais de R$ 6 milhões) de um prêmio que ganhou a grupos que enfrentam mudanças climáticas e defendem a natureza. Uma das duas primeiras doações de Thunberg, no valor de 100.000 euros (R$ 600 mil), será destinada à SOS Amazônia, campanha de financiamento coletivo lançada em junho para comprar suprimentos médicos e fornecer serviços de telemedicina contra o coronavírus a populações da Amazônia brasileira.

A jovem de 17 anos, que recebeu o Prêmio Gulbenkian para a Humanidade, disse em um vídeo postado no Instagram que o prêmio era "mais dinheiro do que podia imaginar" e espera que isso a ajude a "fazer mais bem ao mundo". "Todo o prêmio em dinheiro será doado através da minha fundação a diferentes organizações e projetos que estão trabalhando para ajudar as pessoas nas linhas de frente afetadas pela crise climática e ecológica, especialmente no Hemisfério Sul", disse a ativista.
Outra doação apoiará a Fundação Stop Ecocide, que faz lobby para que o Tribunal Penal Internacional de Haia processe as pessoas responsáveis pela destruição da natureza em larga escala.

Thunberg foi selecionada entre 136 indicados de 46 países para o prêmio, lançado pela Fundação Calouste Gulbenkian, uma organização filantrópica portuguesa. O prêmio anual tem como objetivo reconhecer pessoas e organizações de todo o mundo cujas contribuições à mitigação e adaptação às mudanças climáticas se destaquem pela inovação e pelo impacto.

Jorge Sampaio, presidente do júri do prêmio e ex-presidente de Portugal, chamou Thunberg de "uma das figuras mais notáveis de nossos dias" por sua capacidade de mobilizar as gerações mais jovens em ações para combater as mudanças climáticas do planeta.

Na sexta-feira, Thunberg entrou na centésima semana de protestos contra mudanças climáticas, que ela iniciou diante do parlamento sueco, em Estocolmo, em meados de 2018. Seu exemplo inspirou milhões de jovens em todo o mundo a faltar às aulas às sextas-feiras para realizar marchas pedindo atenção política para parar o aquecimento do planeta. (Com Agências Internacionais)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.