Jornal Estado de Minas

PROGRAMAS SEXUAIS COM DROGAS

Miss Bumbum é presa, suspeita de envolvimento em esquema de tráfico


A Miss Bumbum e ex-capa da Playboy Flavia Tamayo, de 22 anos, deve ser transferida para o Distrito Federal nos próximos dias. Ela foi presa, preventivamente, pela Polícia Civil do Espírito Santo (PCES) na madrugada dessa terça-feira (21), quando entrava em um hotel de luxo na orla de Vitória, capital capixaba.



Flavia Tamayo é suspeita de integrar um esquema de tráfico, que associava programas sexuais e venda de drogas na área central de Brasília.

A 5ª Delegacia de Polícia é a responsável pelas investigações. A prisão de Flávia, no Espírito Santo, foi realizada em cumprimento a um mandado de prisão expedido pela 1ª Vara de Entorpecentes do DF. A pedido da Polícia Civil do DF, ela deve ser transferida para a capital federal nos próximos dias.

No momento em que os agentes abordaram Flávia, a Miss Bumbum resistiu à prisão e tentou chamar atenção das pessoas que estavam no hotel, segundo explicou o delegado responsável pelo cumprimento do mandado no Espírito Santo, Rafael da Rocha Corrêa, da 1ª Delegacia Regional de Vitória. “Quando falamos que ela seria dirigida à delegacia, foi quando ela viu que estava sendo presa.  A mulher começou a gritar e a se debater no saguão do hotel. Havia, inclusive, algumas pessoas na recepção, e nós conseguimos imobilizá-la com a ajuda de uma policial do sexo feminino. Após ser imobilizada, foi necessário algemá-la”, disse.
(foto: Reprodução/Redes sociais)

Ao saber que a suspeita estava em Vitória, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) informou à PCES que realizou campana por cerca de dez horas até localizar Flávia Tamayo, em hotel de luxo à beira da praia. Com a suspeita, a polícia do Espírito Santo encontrou droga para consumo próprio, um celular e dinheiro. “Tivemos acesso a um dichavador (espécie de cortador) de maconha, com uma pequena quantidade dentro. E também encontramos uma cédula de um dólar de estimação, que era utilizada para fazer o consumo de cocaína”, explicou o delegado.





Após a prisão, Flávia foi transferida para um presídio feminino, onde segue à disposição da Justiça do Distrito Federal. “As investigações apontaram que ela era reconhecida pelos programas sexuais que realizava, muitas das vezes, regados a drogas. Em especial cocaína e haxixe”, explicou o delegado responsável pela investigação, Ricardo Oliveira, da 5ª DP.
 

Operação Rede

 
Em janeiro, PCDF deflagrou a Operação Rede para desarticular seis grupos especializados no tráfico de cocaína e drogas sintéticas em áreas nobres de Brasília. Duas dessas quadrilhas também negociavam programas sexuais. Na época, foram cumpridos 35 mandados de busca em várias regiões administrativas, e também em Goiânia (GO). A partir daí, Flávia passou a ser investigada. 

As frequentes viagens da moça, no entanto, dificultaram a ação da polícia, conforme narrou o delegado. “Em razão da agenda extremamente movimentada da investigada, não tinha sido possível dar cumprimento ao mandado de prisão preventiva. Antes de Vitória, ela estava em São Paulo, e antes disso, em Florianópolis”, explica o delegado Ricardo Oliveira.

O advogado de Flávia Tamayo, Fabrício Lucas, conversou com o Correio e disse não ter conhecimento de que ela estaria foragida. A defesa da modelo e atriz informou que foi até Vitória para conversar com a cliente, entender o caso e buscar os autos do processo, que, até então, são desconhecidos, segundo informou.