Jornal Estado de Minas

PANDEMIA

Empresa brasileira fabrica tecido que inativa coronavírus em até 3 minutos

Mapa informativo que mostra a situação de Minas Gerais com o COVID-19 (foto: Mapa informativo que mostra a situação de Minas Gerais com o COVID-19)
Muitas empresas e startups têm investido pesado durante a pandemia em produtos com tecnologia de proteção à COVID-19. A Santista, empresa têxtil, lançou uma linha de tecido com uma espécie de escudo antiviral que promete inativar o vírus SARS-Co-2 em até 3 minutos, com 99,8% de eficiência.




 
Essa tecnologia pode ser benéfica para profissionais da saúde e trabalhadores que não paralisaram as atividades durante o surto da doença. Mas especialistas advertem que, ainda assim, as medidas de prevenção ao novo coronavírus, como o uso de máscaras e a higienização das mãos, continuam sendo as mais eficazes para evitar a doença.
 
De acordo com o gerente de marketing da Santista, Inacio Silva, a demanda surgiu dos profissionais da saúde que estão na linha de frente e precisam se proteger do novo coronavírus. “O intuito é reduzir o risco de contaminação cruzada dos profissionais e evitar que o uniforme ou a roupa, eventualmente infectada, contamine outras roupas ou superfícies por contato ou no processo de lavagem”, disse.

Ele explica que o tecido da nova linha com proteção contra a COVID-19 é uma tecnologia 100% brasileira e teve os ensaios conduzidos pelo Instituto de Ciências Biomédicas da USP. “Os pesquisadores conseguiram isolar e cultivar em laboratório o coronavírus por meio da destruição da capa de gordura que envolve o vírus. Dessa forma, ele impede a ação e evita que contamine ou infecte as células boas”, acrescenta. 




 
A infectologista Luana Mariano reforça que a melhor "tecnologia" disponível hoje para se proteger do coronavírus é o sabão. “A higiene de mãos continua sendo a medida isolada mais importante para o combate à disseminação de microorganismos e à doenças infecciosas. Lembro também que a lavagem habitual das roupas, com água e sabão comum, é suficiente para destruir o vírus, não necessitando de nenhum produto ou procedimento especial”, explica.

 
 
E é essa a proposta da fabricante, de acordo com Inacio. Ele conta que o produto deve ser um complemento para todas as medidas de proteção individuais ou coletivas estabelecidas pelas autoridades e órgãos de saúde.

Além de proteção contra o coronavírus, a promessa da marca é de que o tecido possa inibir também a proliferação de fungos e bactérias que causam infecções hospitalares.

Ainda é combinada à função Repeller, que repele líquidos e fluídos corporais, como espirros, sangue, suor e outras secreções.

*Estagiária sob supervisão da subeditora Kelen Cristina