O empresário Pedro Joanir Zonta, de 69 anos, presidente do Condor Super Center e da Associação Paranaense de Supermercados (Apras), recebeu alta médica, na manhã desta quarta-feira (22), e afirmou ter visto a morte de perto após ser infectado pelo novo coronavírus (Sars-Cov-2). Em março, no início da pandemia da COVID-19 no Brasil, o dirigente, apoiador do presidente Jair Bolsonaro, havia dito que as pessoas não deveriam “se acovardar e ficar em casa”.
Por meio de um vídeo divulgado em uma rede social, Zonta agradeceu às pessoas que enviaram energias positivas para que ele se recuperasse da doença e voltasse logo para casa.
“Graças a Deus cheguei em casa hoje, depois de um longo tempo de UTI – fiquei 11 dias e vi a morte de perto. Mas estou aqui me recuperando, ainda com o fôlego um pouco fraco, mas acredito que sejam poucos dias de fisioterapia para estar de novo como sempre foi. Agradeço a Deus e a todas as orações feitas por todos os amigos, que se lembraram de mim e oraram por mim. Muito obrigado! Que Deus gratifique cada um de vocês pelo que fizeram por mim”, agradeceu.
O empresário foi internado em 9 de julho, após ter confirmado o diagnóstico positivo para a COVID-19. Na ocasião, a assessoria de Zonta disse, em nota, que ele teve manifestação na forma mais grave e passava bem, mas foi internado preventivamente para recuperação e monitoramento.
No início de março o presidente do Condor gravou um vídeo contestando as medidas preventivas das autoridades de saúde brasileiras no combate à COVID-19. Na gravação ele ainda afirmou que era necessário enfrentar “essa fase lutando, não se acomodando”.
“O que é pior? Vamos fazer o que é menos pior nesse momento. Vamos nos preocupar em passar essa fase lutando, não se acomodando. Não é com acomodação que nós vamos resolver os problemas, é enfrentando. Temos que enfrentar. Segunda-feira, volte ao normal. Não escute àqueles que querem a destruição do país, àqueles que acham que quanto pior é melhor. Vamos em frente, pois temos garra, somos guerreiros e temos uma Pátria para lutar por ela”, declarou.
*Estagiário sob supervisão da editora-assistente Vera Schmitz