A Justiça Federal da 1ª Região acatou o pedido do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para afastar uma funcionária do órgão ambiental por suspeita de participação no caso de Pedro Henrique Lemkuhl, jovem picado por uma naja kaouthia em 7 de julho.
Gabriel foi preso na manhã desta quarta-feira (22), duarnte a Operação Snake, por atrapalhar as investigações. Ele foi a pessoa que teria soltado a naja próximo ao shopping Pier 21.
Segundo investigações, ela teria expedido autorização de captura, coleta e transporte da naja para Gabriel Ribeiro, amigo de Pedro.O afastamento da servidora foi desencadeado pelas investigações conduzidas pela 14ª Delegacia de Polícia (Gama). Durante a apreensão de 16 cobras que estavam em cativeiro ilegal, os agentes encontraram caixas de contenção de animais provenientes do Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS) do órgão.
Após alguns dias, em busca na residência de Gabriel, a polícia encontrou a licença expedida, em 2019, pela funcionária em questão.
De acordo com o Ibama, a licença viola gravemente as normas do órgão, uma vez que a naja não pode ser criada no Brasil. Na época dos fatos, ela era responsável pelo CETAS-DF e tinha experiência na função, o que, segundo o Ibama, excluí a possibilidade de erro de procedimento.
Investigações
O andamento das investigações está em sigilo na 14ªDP. Na semana passada, a mãe de Pedro e o padrasto, um tenente-coronel da Polícia Militar, prestaram depoimento. Pedro segue de atestado médico e, por isso, ainda não foi ouvido pela polícia.
A família foi multada pelo Ibama em R$78 mil, sendo R$61 mil para Pedro por maus-tratos; o padrasto e mãe terão de pagar R$ 8,5 mil, cada um, por terem dificultado a ação de resgate.
Além da naja e das outras cobras apreendidas, a PCDF também investiga a ligação do estudante de veterinária com outros animais encontrados. Entre eles, três tubarões em uma chácara na Colônia Agrícola Samambaia, em Vicente Pires.