O diretor de emergências da Organização Mundial da Saúde (OMS), Michael Ryan, disse nesta quinta-feira, 30, que a entidade pode ter presumido de maneira errada a capacidade da saúde pública em alguns países e deveria ter atuado nestes de maneira mais direta, em operações locais para combate à COVID-19.
"Houve uma resposta lenta, no geral, para reagir quanto a rastreamento de contatos, investigação de surtos locais, testagem. Ser capaz de elaborar uma estratégia compreensiva para lidar ".
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Mortes por COVID-19 passam de 150.000 nos EUA e de 90.000 no BrasilCOVID-19 e a destruição de empregos no mundoAmérica Latina deve controlar pandemia para reativar sua economia, alertam Cepal e OPASEstudo da Unicamp avalia impactos neurológicos da COVID-19 a longo prazoNesta quinta-feira, completam seis meses que a organização classificou a pandemia como uma emergência de saúde global, o alerta internacional mais alto. Quando esse status foi atribuído ao vírus, em 30 de janeiro, havia apenas 100 casos da doença fora da China e nenhuma morte.
Segundo dados da Universidade Johns Hopkins, nos EUA, já são mais de 17 milhões de infecções registradas no mundo e quase 670 mil mortes. Os diretores e líderes da OMS avaliaram a reação dos países ao novo coronavírus até o momento
A líder da resposta técnica à COVID-19, Maria Van Kerkhove, disse que a ação global foi mista, com reação rápida em alguns locais. "Os países que agiram à altura foram aqueles que tiveram experiência direta com uma ameaça semelhante, como a Sars (Síndrome Respiratória Aguda Grave)".
Ela acrescentou que mesmo países que não atuaram com agilidade e lidaram com surtos difíceis, como Coreia do Sul, Itália e Alemanha, conseguiram reverter o rumo da pandemia com aplicação das medidas indicadas pela entidade, como rastreamento de contatos e a comunicação clara pelo governo de estratégias ao público.