Investigadores da 21ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Sul) confirmaram, na manhã desta sexta-feira (31/7), que o cirurgião dentista Fabricio David Jorge, de 41 anos, esfaqueou a enfermeira Pollyana Pereira de Moura, 35, no apartamento do casal, no edifício My Life Style, em Águas Claras. Em seguida, segundo uma fonte policial afirmou ao Correio em primeira mão, ele cometeu suicídio.
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COVID-19: Aplicativo ajudará a rastrear contatos de infectados com coronavírusRegião de Registro sofre rebaixamento no Plano São Paulo de quarentenaVale do Ribeira terá de voltar a fechar comércio; internações sobem na Grande SPFeminicídio: enfermeira foi morta pelo namorado com pelo menos 10 facadasNa noite de quarta-feira (20), Pollyana foi filmada por câmeras de segurança do edifício. Ela foi vista descendo do apartamento onde vivia, no primeiro andar, para encontrar um familiar que a aguardava próximo à portaria, em um carro. A enfermeira conversou e entregou uma sacola ao homem, e aparentava estar feliz. Após o encontro, a mulher retorna para casa.
Esta teria sido a última vez que a enfermeira foi vista com vida. Entre a madrugada e manhã de quinta-feira, vizinhos escutaram uma briga do casal, além de objetos quebrando no apartamento. Apesar disso, ninguém ligou para a polícia. Também segundo fonte da polícia, Pollyana teria levado ao menos 10 facadas nos braços e nos ombros.
Após o feminicídio, o dentista enviou uma mensagem para um amigo, por volta das 7h, afirmando ter assassinado a enfermeira. Então, ele teria tirado a própria vida. Os corpos passaram por exames no Instituto Médico Legal (IML) da Polícia Civil, e os laudos indicarão as causas das mortes.
Motivação
De acordo com apuração inicial do caso, Pollyana e Fabricio tiveram um desentendimento quanto ao relacionamento, que evoluiu para a violência física. Agora, policiais da 21ªDP tentam identificar a motivação da discussão entre o casal. A dinâmica de todo o crime também será esclarecida por meio de perícia do Instituto de Criminalística (IC).
Pollyana deixa uma filha, do casamento anterior, de 15 anos. A adolescente estava com pai no momento do assassinato e, portanto, não presenciou a cena. Fabricio também tinha filhos de relacionamento anterior, uma garota de 15 anos e um menino 10.
Fabricio era servidor da Secretaria de Saúde (SES), lotado no Hospital Regional da Asa Norte (Hran). Contudo, ele estava cedido para atuar no Hospital Regional de Taguatinga (HRT). Como o cirurgião dentista contraiu o novo coronavírus, estava afastado desde o início de julho. Ele e a enfermeira tinham se curado da doença.