O crime bárbaro que chocou os moradores do bairro Bacuri, no Maranhão, aconteceu nessa madrugada (01). Segundo a polícia, Adão Conceição Carvalho, de 46 anos, dormia quando foi brutalmente assassinado com golpes de picareta. A principal suspeita de cometer o crime é a própria mãe, uma idosa de 87 anos que não teve o nome divulgado mas foi presa em flagrante.
“Foi apresentada uma picareta sem cabo, com cerca de 28 a 30 centímetros de uma ponta a outra, mas só o trabalho pericial dirá o peso e dimensões exatas. Os peritos já iniciaram os trabalhos de verificação de compatibilidade das lesões com o instrumento apresentado, suas condições de manuseio e objetos arrecadados”, disse o delegado plantonista que fez o flagrante, Carlos Andrade.
Os ferimentos atingiram principalmente o pescoço e a cabeça de Adão, mas não houve tempo de socorrê-lo. Na casa onde aconteceu o crime, dormiam além do filho assassinado e da mãe, a mulher dele, que já prestou depoimento à polícia. A idosa de 87 anos, segundo os parentes, faz uso de medicação controlada e sofre de mal de Alzheimer, mas a família não apresentou nenhum laudo ou documento que ateste a doença. O delegado já solicitou exames para saber se ela tem condições de responder pelos próprios atos.
“Apesar da prisão em flagrante, a autoria segue em apuração. Estou agilizando a comunicação da prisão para que a autoridade judiciária avalie a regularidade da prisão e eventual manifestação ao Ministério Público sobre a necessidade de prisão preventiva. Espero que seja rápida a deliberação do juiz acerca da possibilidade de concessão de liberdade porque se trata de uma idosa de 87 anos, presa em situação de pandemia”, detalhou Carlos Andrade sobre a prisão.
Autoria
Segundo a polícia, a idosa não negou nem afirmou a autoria do crime. Contou que foi chamada pela nora para ver o estado em que o filho estava, coberto de sangue, mas se mostra confusa, disse que não sabe como ele morreu. A mulher de Adão relatou que acordou com o barulho da ação praticada pela suposta autora, a mãe da vítima.
“A mulher dele (vítima) diz que a viu agindo e a idosa por sua vez não dá o menor sinal ou consegue acusar quem quer que seja. O trabalho pericial vai verificar a compatibilidade das lesões com o instrumento supostamente usado, vamos fazer a oitiva de vizinhos e um aprofundamento da pesquisa sobre as relações da vítima com a mãe, a mulher e outras pessoas. Cada caso apresenta seu próprio grau de evidência e, quando o delegado decide fazer a prisão em flagrante, ainda que sob informações preliminares, é o suficiente para a imposição da prisão em flagrante”, explicou o delegado.