Jornal Estado de Minas

PARANOÁ

Cão que atuou em Brumadinho auxilia bombeiros na busca por advogado sumido em lago de Brasília


Um cachorro que atuou nas buscas em Brumadinho (MG) está auxiliando os bombeiros nas buscas por Carlos Eduardo Marano, 41 anos, que desapareceu, nesse sábado (1º/8), no Lago Paranoá, em Brasília. 

Segundo o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), o pastor alemão consegue identificar os odores do corpo caso este esteja no fundo do lago. 





Além do animal, os bombeiros também realizam buscas com um sonar, 18 bombeiros e quatro agentes da marinha. Dois helicópteros e um bote inflável também estão em ativa nas buscas. 

Até as 10h30 desta terça-feira (4/8), os militares não haviam encontrado vestígios de Carlos. O advogado estava em uma lancha com outras 12 pessoas quando desapareceu. Os amigos não sabem informar se ele caiu ou pulou para nadar. Os bombeiros buscam por ele desde então. 

A família de Carlos Eduardo disse estar muito abalada com o acontecimento. Eles acompanham as buscas desde domingo.

Dificuldade na investigação


Uma amiga da família, que não quis se identificar, informou ao Correio que as possíveis testemunhas se recusam a colaborar. “Ontem, pediram para o piloto da lancha vir ajudar a delimitar um pouco mais a área, e refazer o caminho com os bombeiros, mas ele recusou e não apareceu. Às 17h20, ligou, falando que estava vindo, mas as buscas se encerram às 18h”, detalha.
 
Na manhã desta terça-feira (4/8), ele enfim teria aparecido para refazer o caminho. “Estão tendo que implorar para que essas pessoas que estavam na lancha ajudem com alguma informação”, critica a amiga.





A angústia de não obter respostas sobre o que ocorreu com Carlos Eduardo, mais conhecido como Dudu, tem crescido para os familiares. A irmã e o cunhado do advogado acompanham as buscas no Lago Paranoá, mas os pais dele precisaram ir para casa após passarem mal. 

“Tudo o que nós queremos é ajuda para acharmos logo o Dudu, nada além disso. Mas não há colaboração, com recusas persistentes de quem estava no local. Um dos pilotos até chegou a ajudar no domingo (2/8), mas depois se negou a prosseguir na procura e chegou a pedir para que o trabalho dos bombeiros fosse encerrado”, afirma a amiga.
 

OAB


Nesta terça-feira (4/8), a Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Distrito Federal (OAB/DF) soltou uma nota de pesar pelo desaparecimento do advogado Carlos Eduardo, no último sábado (1º/8). 

“O Corpo de Bombeiros trabalha nas buscas, seguimos com esperança nessa ação de encontrá-lo. A OAB-DF acompanha e coloca-se à disposição da família neste momento de angústia”, declarou Délio Lins e Silva Júnior, presidente a OAB.