O ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello se reuniu, na última segunda-feira (3), com defensores da aplicação de ozônio no tratamento do novo coronavírus. A terapia “viralizou” no início desta semana, após o prefeito de Itajaí, em Santa Catarina, defender a aplicação do gás pelo ânus dos infectados pela virose.
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O prefeito de Itajaí, Volnei Morastoni (MDB), é médico e ferrenho defensor da utilização de ozônio no combate à COVID-19.
“Além da citromicina, além da cânfora, nós também vamos oferecer o ozônio. É uma aplicação simples, rápida, de dois ou três minutinhos por dia, provavelmente via retal, tranquilíssima, rapidíssima, em um cateter fininho, e isso dá um resultado excelente”, disse o prefeito, em vídeo publicado nas redes sociais.
Morastoni já defendeu, também, o uso da cloroquina e da ivermectina, que é um medicamento antiparasitário, para o combate da COVID-19. A prefeitura sugeriu ainda a homeopatia como tratamento da doença, mas nenhuma dessas alternativas é indicada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) ou por especialistas da saúde. No fim de julho, o Tribunal de Contas de Santa Catarina (TCE-SC) solicitou à prefeitura de Itajaí explicações sobre a distribuição em massa de ivermectina à população da cidade.
Em 2018, o Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou resolução autorizando a ozonioterapia de forma experimental, com protocolos aprovados por Comitê de Ética em Pesquisa. O tratamento ainda não teve sua eficácia cientificamente comprovada.
Segundo o deputado Cherini, algumas casas de saúde gaúchas, como o Hospital Vila Nova, em Porto Alegre, aderiram ao tratamento com ozônio.