A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) recebeu uma doação de R$ 100 milhões de um conjunto de empresas e entidades para melhorar o controle de qualidade que circunda as pesquisas da vacina contra a COVID-19. A imunização é desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido.
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Essa infraestrutura faz parte do Centro Henrique Penna, do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz). Lá, acontecerá a absorção total da tecnologia para a produção do ingrediente farmacêutico ativo.
A doação, de cerca de R$ 100 milhões, foi feita pela coalisão de Ambev, Americanas, Itaú Unibanco (Todos pela Saúde), Stone, Instituto Votorantim, Fundação Lemann, Fundação Brava e a Behring Family Foundation.
A Ambev será corresponsável, junto com a Fiocruz, pela gestão e execução do projeto, sob supervisão técnica de Bio-Manguinhos.
O escritório Barbosa, Mussnich e Aragão Advogados atuará como consultor jurídico do projeto. Um comitê composto por todas as empresas e fundações será formado para acompanhar as iniciativas.
A vacina
No fim de junho, o Brasil começou a testar a vacina desenvolvida por Oxford. Conhecida como ChAdOx1 nCoV-19, a pesquisa está na chamada fase 3 do processo de produção.
“É a fase de avaliação de eficácia pré-mercado. Essa é a última fase de desenvolvimento. Se o produto for aprovado nesta fase, ele segue para ser aprovado ou não pelas agências reguladoras, no caso do Brasil a Anvisa”, explicou o diretor da Sociedade Mineira de Infectologia, Antônio Toledo Júnior, em entrevista ao Estado de Minas em 14 de julho.
O trabalho de Oxford se volta à chamada vacina de vetores virais. A partir do adenovírus de chimpanzé, obtém-se um adenovírus geneticamente modificado, que não pode ser replicado.
Esse micro-organismo carrega uma proteína do novo coronavírus, o que incita nosso corpo a produzir anticorpos.
É exatamente a mesma estratégia usada nos estudos para criação de uma vacina contra a dengue, pontua o infectologista Antônio Toledo Júnior.