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Estado de Minas

Mulher que foi esfaqueada 22 vezes pelo ex-companheiro apresenta sintomas de COVID-19

Os médicos aguardam o resultado do exame de PCR para comprovar se ela está com o coronavírus. O suspeito ainda está foragido e é procurado pela polícia


18/08/2020 22:33 - atualizado 18/08/2020 22:48

Na noite do crime, Cleudiane estava em um churrasco(foto: Reprodução)
Na noite do crime, Cleudiane estava em um churrasco (foto: Reprodução)
Vítima de tentativa de feminicídio, Cleudiane dos Santos, 27 anos, apresentou sintomas da COVID-19, segundo apurou o jornal Correio Braziliense. A mulher está internada em estado gravíssimo desde 9 de agosto, quando foi esfaqueada 22 vezes pelo ex-companheiro, Fernando Ferreira Soares, de 32. Duas das facadas atingiram o abdome da jovem, que estava grávida de quatro meses do acusado e perdeu o bebê.

A reportagem apurou que a vítima teve piora do quadro pulmonar e fez uma tomografia. Com o resultado coletado, a equipe médica suspeitou que a jovem estivesse infectada pelo novo coronavírus. Os médicos coletaram o exame de PCR para detectar a doença, mas o resultado ainda não saiu.

O suspeito ainda está foragido e é procurado pela polícia. Na noite do crime, a mulher estava em um churrasco em Taguatinga Norte, Brasília, quando Fernando chegou ao local. Imagens das câmeras de segurança registraram a ação do autor. “Ele colocou uma faca na cintura e a chamou para ir em um barraco, na QND 37, afirmando que iria lhe dar R$ 50”, detalhou o delegado à frente das investigações, Mauro Aguiar.

Durante o trajeto, o acusado iniciou a discussão com a mulher e a atacou com facadas, de forma violenta. Ele cumpria prisão domiciliar e tinha passagens por tráfico de drogas e estupro de vulnerável. De acordo com a apuração policial, Fernando teria ficado com ciúmes do dono do churrasco, um senhor de 70 anos. Os dois se relacionaram por cerca de nove meses e chegaram a morar juntos. Contudo, há três meses, a vítima decidiu colocar fim ao relacionamento. "Ele era muito ciumento e, em uma briga, chegou a morder o rosto da mulher. Ela deixou o local e voltou a residir com a mãe, no entanto, não registrou ocorrência de violência doméstica", relata o delegado Mauro Aguiar, chefe da 17ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Norte).

Mesmo depois da separação, Fernando continuou perseguindo a vítima. Mudou-se para uma casa na rua de Cleudiane, e tentou uma aproximação. "Ele seguia a mulher pelos locais, ficava de olho em tudo o que ela fazia. Foi o que ocorreu no domingo, quando ela seguiu para um churrasco com a família, e o suspeito estava no local", acrescenta o investigador.


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