Uma professora de educação básica da rede pública estadual de São Paulo foi demitida nesta quarta-feira (19/8), após ter minimizado o caso da menina de 10 anos estuprada pelo tio no Espírito Santo, dizendo que "não foi nenhuma violência". A informação foi divulgada pela colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo e confirmada pelo Correio junto à Secretaria de Educação de SP.
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Menina de 10 anos estuprada pelo tio se sentiu aliviada após prisão do agressorApós ter gestação interrompida, menina de 10 anos volta para Espírito SantoMP apura vazamento de dados de menina de 10 anosApós relatos de estupro, Instagram de Mari Ferrer é retirado do arEm comentários em uma rede social, a docente Eliana Nuci de Oliveira escreveu: "Não foi nenhuma violência, ela já tinha vida sexual a (sic) 4 anos com este homem. Deve ter sido bem paga". "Agora tirar a vida de um inocente é triste demais", acrescentou a professora, referindo-se ao procedimento de interrupção de gestação ao qual a criança foi submetida.
A menina engravidou do tio em decorrência dos abusos, e recebeu autorização da Justiça para realizar o aborto. O procedimento ocorreu em Recife (PE), sob protestos de extremistas, como Sara Winter, que chegou a divulgar o nome da criança.
A garota recebeu alta nesta quarta-feira (19/8) e deve mudar de identidade. O tio foi preso em Minas Gerais e, em depoimento, chegou a dizer que mantinha um "relacionamento" com a vítima. Mesmo com consentimento, qualquer prática sexual com menores de 14 anos é considerada estupro de vulnerável, conforme a lei brasileira.
À Folha, o secretário estadual de Educação, Rossielli Soares da Silva, disse que a docente foi "demitida imediatamente para não estar próxima de nossas crianças e jovens". "É um absurdo uma profissional que deve ser educadora e defensora da infância afirmar que não é uma violência. Repúdio total a qualquer um que defenda um absurdo", afirmou.