A Fundação Nacional do Índio (Funai) abriu um processo interno para contratar um curso de pós-graduação em antropologia que vai custar R$ 236 mil. A maior parte do pagamento será destinada ao pastor e ex-missionário evangélico Ricardo Lopes Dias, que ocupa desde fevereiro o cargo de coordenador-geral de Índios Isolados.
O “novo custo” vem em momento em que as entidades indígenas cobram mais ações do governo no combate à COVID-19. As informações são do jornal O Globo.
Leia Mais
Presidente da Funai foi contaminado pelo novo coronavírusMais dois indígenas morrem por Covid-19 no Amazonas, informa FunaiCinco crianças indígenas morrem no Amazonas; Funai diz 'monitorar' situação na regiãoDe acordo com o jornal, pelo trabalho, além do salário que já recebe pela função que exerce, Ricardo vai embolsar R$ 77,7 mil.
Ricardo é ligado à um movimento missionário que atua nas aldeias desde os anos 1960. Além dele, o especialista em antropologia Cláudio Eduardo Badaró será um dos coordenadores e professores do curso. Do total de R$ 235,95 mil reservados para as aulas, mais da metade – R$ 120,450 mil – será pago aos coordenadores.
Badaró é acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) por atuar em processos que buscavam demarcar terras indígenas em Mato Grosso.
A Funai ainda prevê gastos de R$ 37, 5 mil com bancas de professores, de R$ 12 mil com orientadores temáticos e outros R$ 6,5 mil com professores palestrantes.
*Estagiária sob supervisão de Álvaro Duarte