(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas TRANSFOBIA

Suspeito de espancar modelo trans é preso no Rio de Janeiro

Lucas Brito Marques estava foragido e vai responder por tentativa de latrocínio


20/08/2020 16:00 - atualizado 20/08/2020 18:42

A prisão ocorreu depois de uma longa negociação com policiais durante a madrugada(foto: Redes Sociais/Reprodução)
A prisão ocorreu depois de uma longa negociação com policiais durante a madrugada (foto: Redes Sociais/Reprodução)
O homem apontado como agressor da modelo transexual Alice Felis foi preso na manhã desta quinta-feira (20) no Rio de Janeiro. Identificado como Lucas Brito Marques, ele estava foragido e vai responder por tentativa de latrocínio, roubo seguido de morte. No último domingo, Alice usou as redes sociais para relatar o crime. As imagens viralizaram, o que abriu um debate sobre violência contra transexuais.

"A motivação primeira é patrimonial. Aí a gente percebe, pelo depoimento da vítima, que existia algum tipo de discriminação", destacou a responsável pela investigação, delegada Bianca Lima.
 
A prisão aconteceu depois de uma longa negociação com policiais durante a madrugada. Lucas foi preso no Morro do Pavão-Pavãozinho. Ele foi reconhecido presencialmente por Alice como o autor das agressões.

Entenda
 

Alice conheceu o suspeito em um bar de Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro. Os dois resolveram seguir para o apartamento dela, local onde ocorreram as agressões. A modelo afirmou via Instagram ter sido espancada e roubada.

Nas imagens, filmadas por ela, Alice mostra o chão do apartamento coberto por sangue. Aos prantos, ela alega nas imagens que não tem dinheiro para nada e precisa de ajuda financeira. “Ele veio, me bateu, tentou me esfaquear. Eu implorei para que ele não me matasse”, afirmou Alice na época. 


 
A modelo teve o nariz e o maxilar quebrados. Levou pontos no queixo, testa e no pé, além de ter perdido ao menos cinco dentes. 
 
Nas redes sociais, o caso de Alice foi compartilhado por internautas. A vaquinha feita por ela chega R$ 162.067,67 até o fechamento da reportagem. Vários famosos fizeram postagens repercutindo o caso. 


Violência contra Transexuais 

Apenas no primeiro semestre de 2020, 89 pessoas transgêneras foram assassinadas no Brasil. A quantidade supera em 39% a registrada no mesmo período no ano de 2019. Os dados são da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra).
 
De acordo com a instituição, o número mostra a omissão das autoridades governamentais. "Os dados não refletem exatamente a realidade da violência transfóbica em nosso país, uma vez que nossa metodologia de trabalho possui limitações de capturar apenas aquilo que de alguma maneira se torna visível. É provável que os números reais sejam bem superiores”, explica em nota.  
 
*Estagiária sob supervisão de Álvaro Duarte
 


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)