Jornal Estado de Minas

ALIMENTAÇÃO

Consumo de arroz e feijão cai na pandemia e sobe o de fast-food


Arroz com feijão é uma combinação certeira nos pratos brasileiros. De Norte a Sul, a dupla garante uma alimentação balanceada e nutritiva para milhões de pessoas, de todas as idades.



Mas pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Pesquisa e Estatística (IBGE) mostra que o combinado de cereais teve uma queda no consumo, apesar de ainda ser base alimentar do país, dando lugar aos alimentos processados, sobretudo fast-food.

A sondagem, intitulada Pesquisa de Orçamentos Familiares 2017-2018: Análise do Consumo Alimentar Pessoal no Brasil, realizada antes da pandemia, observou que no caso do arroz 76,1% dos entrevistados disseram que consumiram o alimento nas 24 horas anteriores à entrevista, e 60% disseram que consumiram o feijão. Os dados revelam que houve queda de 2008-2009 a 2017-2018 –anteriormente, o consumo era de 84% e 72,8%, respectivamente.

“A queda no consumo de arroz e feijão está relacionada a uma complexidade de fatores. Tem a ver, por exemplo, com a diminuição do hábito de cozinhar e com o uso de alimentos ultraprocessados. Pode estar relacionado ao hábito de substituir o jantar por lanches ou refeições mais simples”, observa o professor do curso de Nutrição do Centro Universitário IESB, Juarez Calil.





“De forma geral, a alimentação se mantém baseada na nossa dieta tradicional de arroz e feijão com presença de carne, aves o cafezinho”, avalia o gerente da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), André Martins. Esses alimentos, muitas vezes, são a principal refeição do dia. Ao todo, são cerca de 275 gramas da mistura diariamente por brasileiro –– destas, 142,2 gramas por dia de arroz e outras 131,4 gramas diárias de feijão.

Fast-food


A pesquisa também aponta que o consumo de frutas também reduziu, de 45,4% para 37,4%. Na contramão dessa tendência, a frequência na ingestão de sanduíches e pizzas cresceu de 10,5% para 17%.

Ainda assim, os alimentos consumidos diariamente pelos brasileiros são, na maioria, naturais ou minimamente processados –– o que, na avaliação dos especialistas, também é positivo. Mas esse modo de vida pode estar ameaçado pela comida ultraprocessada.





“Alimentos ultraprocessados –– os quais, segundo o Guia Alimentar para a População Brasileira, deveriam ser evitados –– somam cerca de um quinto das calorias consumidas. A maior participação desses produtos, em relação ao total calórico, foi para adolescentes (26,7%), sendo intermediária entre adultos (19,5%) e menor entre idosos (15,1%)”, acrescenta a pesquisa.

Segundo André Martins, há problemas na alimentação básica dos brasileiros. “O consumo de frutas já era aquém do esperado em 2008 e continua. O consumo de legumes e verduras está abaixo do esperado e ainda há um aumento na ingestão de sanduíches e refeições rápidas, sobretudo no caso dos adolescentes”.

O que é o coronavírus


Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.



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Como a COVID-19 é transmitida? 

A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

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Como se prevenir?

A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.
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Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas gástricos
  • Diarreia

Em casos graves, as vítimas apresentam:

  • Pneumonia
  • Síndrome respiratória aguda severa
  • Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus. 



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Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.

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