Seis filhos e uma neta da deputada Flordelis Souza (PSD-RJ) são alvos de mandados de prisão preventiva no âmbito do caso do homicídio de Anderson do Carmo, então marido da parlamentar. Ela é apontada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) como mentora do assassinato. Também foi determinada a prisão preventiva de outras duas pessoas, somando nove mandados, e no total 11 pessoas foram denunciadas.
Leia Mais
Deputada Flordelis é a mentora do homicídio do marido, pastor Anderson, diz MPMulher de senador presta depoimento sobre morte do marido de FlordelisDeputada federal Flordelis participa de reconstituição de morte do marido no RioPolícia Civil cumpre mandados de busca em endereços de FlordelisMorador de rua é espancado, amarrado e jogado em lago em BrasíliaHacker é preso por roubar mais de R$ 648 mil de contas bancáriasA outra prisão é contra Rayane dos Santos Oliveira, neta de Flordelis, que foi adotada por Simone. O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco-RJ) informou que não requereu mandado de prisão contra Flordelis pelo fato de ela ter imunidade parlamentar, podendo ser presa apenas em flagrante.
Segundo denúncia do MP, Flordelis e os demais dez denunciados mataram Anderson do Carmos em 16 de junho do ano passado em sua casa, em Niterói (RJ). O MP aponta que Flordelis arquitetou o homicídio, tendo convencido o executor direto e os demais acusados a participarem do crime e simular um latrocínio. A parlamentar teria também comprado a arma e avisado que o então marido havia chegado em casa.
Conforme o MP, o motivo do crime seria o fato de a vítima ter um "rigoroso controle das finanças familiares e administrar os conflitos de forma rígida, não permitindo tratamento privilegiado das pessoas mais próximas a Flordelis, em detrimento de outros membros da numerosa família".
De acordo com a denúncia, as ações dos envolvidos são descritas em diferentes etapas, "como no planejamento, incentivo e convencimento para a execução do crime, assim como em tentativas de homicídio anteriores ao fato consumado". O grupo teria, segundo o MP, tentado envenenar Anderson seis vezes, administrando veneno em sua comida e bebida.
A reportagem entrou em contato com o gabinete de Flordelis, mas as ligações não foram atendidas. Um e-mail foi enviado, mas ainda não houve resposta.